MADURO, ATÉ O FIM

O chique, agora, na esquerda namastê, é ser contra Nicolas Maduro, porque ele é um ditador sanguinário.
A lógica é a seguinte: não apoio intervenção militar dos EUA e seus lacaios na Vanezuela, mas também não dá para apoiar Maduro, né?
Ou seja, é a lógica da omissão a favor do mais forte.
Ao todo, 59 dos 193 países associados à ONU reconhecem Juan Guiadó, uma nulidade política plantada como marionete de Donald Trump, como presidente "autoproclamado".
A maioria do planeta, portanto, reconhece que Maduro é o presidente legítimo da Venezuela.
O fato de o Brasil estar entre essas nações que nao reconhecem é motivo de vergonha e reflete muito bem o que está acontecendo internamente: estamos à deriva, no plano internacional, guiados por lunáticos de extrema direita.
Discutir se Maduro é ou não competente, é um assunto para os eleitores venezuelanos. Apoiar sua deposição por piratas do petróleo com a ajuda de dementes nacionais, são outros quinhentos.
Então, o lance é o seguinte: ou você apoia o golpe contra Maduro, ou você apoia o direito de o povo da Venezuela decidir, democraticamente, se Maduro deve continuar como presidente.
O cara governa um país deflagrado, com a economia em frangalhos porque, numa ponta, os EUA baixaram o preço do barril de petróleo, para quebrar a economia da Venezuela; em outra, adotaram uma política de bloqueio econômico para gerar, como no Chile, em 1973, um ambiente de escassez e revolta, na população.
É uma política de sabotagem, propaganda, humilhação e violência contra um governo democraticamente eleito.
E, apesar de tudo, a Venezuela ainda está de pé. E, nós, de joelhos.

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