Entre 21 e 23 de junho, o povoado de Tracupá, no município
de Tucano, no nordeste da Bahia, realizará a VI Feira de Artesanato de Couro de
Tracupá. Com apoio do Governo do Estado, por meio da Superintendência de
Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), o evento é uma iniciativa da
Cooperativa dos Produtos de Artefato de Couro da Comunidade de Tracupá
(Coopact). A programação será composta por exposição, intercâmbio e venda de
produtos oriundos de empreendimentos solidários.
A maioria dos moradores do povoado trabalha há muito tempo
com a produção artesanal e profissional em couro. Daí, surgiu a iniciativa de
criar a Coopact, que hoje possui 22 famílias associadas, produzindo itens como
bolsas, carteiras, chapéus, cintos e sandálias. A cooperativa também tem um
automóvel para a distribuição do material a todas as regiões do Brasil.
Para o diretor da Coopact, Sérgio Evangelista, o processo de
cooperativismo no interior do Nordeste ainda está em um momento de evolução e
de construção. “A cooperativa é como São Tomé. O pessoal quer ver o sucesso
para poder crer”, destaca.
Além da Coopact, hoje há em Tracupá lojas de marcas de
renome nacional, que estão investindo na produção dos produtos feitos por mão
de obra local. Em qualquer rua, é notada a presença empresarial, atraída pela
qualidade dos produtos feitos pelos moradores do povoado.
“A maior parte daqueles que nasceram e se criaram em Tracupá
trabalha com o couro. Daqui, nós exportamos para o Rio de janeiro, São Paulo,
Paraná e muitos outros lugares do Brasil. Aqui, a maioria das casas tem sempre
alguém fazendo artesanato de couro”, afirma Gerson Reis de Souza, conhecido
como Gersinho, que trabalha com artesanato em couro desde criança.
Localizado às margens da BR 116, Tracupá já foi conhecido
como a “cidade das antenas parabólicas”. O apelido surgiu porque ao passar pela
estrada, que fica acima do nível da cidade, era comum ver que todas as casas do
povoado possuíam uma antena do tipo. A Coopact Couro fica logo na entrada da
localidade e é um exemplo de associativismo na região do sisal.
Por Regina Ferreira.
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