Uma reunião de alinhamento e articulação das ações de apoio
à caprinovinocultura, nos Territórios Bacia do Jacuípe, Sertão do São
Francisco, Piemonte Norte do Itapicuru, Sisal, Velho Chico e Médio Rio de
Contas, foi realizada, nesta quarta-feira (22), no Centro Administrativo da
Bahia, em Salvador.
A ação, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Rural
(SDR), contou com a participação de dirigentes e equipe técnica da SDR, de
organizações produtivas da agricultura familiar e representantes de
organizações de assistência técnica. O objetivo é construir um arranjo
institucional para o desenvolvimento deste sistema produtivo, a partir do
cenário atual e das perspectivas de mercado em cenários futuros. A cadeia
produtiva da caprinovinocultura abrange cerca de 20 mil famílias, que recebem
apoio do Estado.
Ademilson Santos, superintendente de Agricultura Familiar
(Suaf/SDR), observou que o maior desafio é o processo de comercialização da
produção, e que a partir do que foi debatido na reunião será realizado um
encontro para a construção de um plano territorial dessa cadeia produtiva: “Já
está previsto, para o próximo mês de junho, um encontro para a ampliação desse
debate, envolvendo instituições financeiras, universidades, Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e outros segmentos que atuam nesta
atividade. A ideia é construir o arranjo produtivo da caprinovinocultura,
pensando também em estruturar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) nos
municípios, além de encontrar soluções para outros desafios”.
De acordo com Valério Rocha, presidente da Cooperativa
Agropecuária Sertão Forte do Município de Casa Nova, a perspectiva com o novo
arranjo produtivo que está sendo construído é de ter a oportunidade de escoar a
produção: “Em nosso município a questão da comercialização ainda é muito
complicada, muito difícil, por meio de atravessador. Então, os produtores, com
esse formato de venda, estão se desestimulando, porque o nosso produto não tem
valor agregado, mas, com esse novo arranjo, a gente espera que consiga
comercializar nossos produtos e nossos animais com valor justo”.
Durante a reunião foi apresentada a estratégia das
cooperativas Agroindustrial de Pintadas (COOAP) e de comercialização FrigBahia,
que estão mostrando o potencial dessa cadeia produtiva e abrindo as portas para
o mercado. Em Pintadas são comercializados cerca de 1.200 animais por mês,
podendo chegar a até quatro mil, com um trabalho que potencializa a atuação de
outros frigoríficos, atendendo a demandas de outros territórios, como os de
Irecê, Velho Chico, Sertão do São Francisco e Sisal.
Na programação, que contou com um debate sobre os desafios e
potencialidades do sistema produtivo da caprinovinocultura, para uma ação
estratégia governamental, foi realizada uma breve apresentação do cenário atual
da Bahia e um balanço dos investimentos da SDR, por meio de projetos como o
Pró-Semiárido e Bahia Produtiva, executados pela Companhia de Desenvolvimento e
Ação Regional (CAR) e outras ações realizadas pela Suaf, como a do projeto de
segurança alimentar do rebanho, e pela Superintendência Baiana de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Bahiater), com a assistência técnica e extensão rural
(Ater).
Entre as ações realizadas pela SDR estão a implantação e/ou
estruturação de agroindústrias de beneficiamento, melhoramento genético, Ater,
ações voltadas para a segurança alimentar do rebanho, entregas de máquinas
forrageiras e implementos agrícolas, e apoio à comercialização.
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