A ofensiva não parou por aí. Poucas horas depois, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desembarcou no Congresso Nacional para reuniões com líderes de partidos de direita. Segundo fontes ouvidas nos corredores do Legislativo, o objetivo seria costurar apoio a um “golpe parlamentar” que, sob o pretexto de pacificação, abriria caminho para livrar Bolsonaro e aliados de qualquer punição.
O STF, por sua vez, mantém o tom firme e o ritmo acelerado
no julgamento dos envolvidos nos ataques à democracia. Ministros da Corte têm
reiterado que não haverá espaço para anistia a crimes contra o Estado de
Direito, reforçando que a responsabilização é essencial para evitar que a
história se repita.
Enquanto isso, setores da extrema-direita tentam vender a
narrativa de perseguição política, transformando réus em supostos mártires. A
estratégia, porém, encontra resistência não apenas no Judiciário, mas também em
parte expressiva da sociedade civil, que vê nessas articulações uma ameaça
direta à estabilidade institucional.
A combinação das visitas de Lira e Tarcísio acendeu o alerta
máximo em Brasília. Para críticos, trata-se de um movimento coordenado para
subverter, por vias legislativas, o que não foi conquistado com atos violentos
e invasões. A democracia brasileira, mais uma vez, se vê diante de um teste de
resistência, e o STF, com seu julgamento histórico, parece disposto a não
permitir que a impunidade seja o epílogo dessa trama.
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