São João da Bahia gera 150 mil empregos e fortalece economia.

O São João da Bahia 2016, realizado pelo Governo do Estado, incrementou a economia de Salvador e mais 92 municípios, onde baianos e turistas se divertiram ao som de forró e diversidade de ritmos, em shows gratuitos. “Os números são indicadores da dimensão e qualidade da festa, mostrando o quanto é competitiva”, afirma o secretário estadual do Turismo, Nelson Pelegrino, ao avaliar nesta segunda-feira (27) o resultado dos eventos.
A festa alcançou mais de 300 municípios da Bahia, produzindo efeitos econômicos positivos em praticamente todas as regiões do estado. Em algumas cidades, a população dobrou durante os festejos juninos, como em Senhor do Bonfim, Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Cachoeira, Piritiba e Cruz das Almas. Destacaram-se também os bons resultados das festas em Irecê, Ibicuí, Valença e Porto Seguro.
“A festa está profissionalizada, atrai patrocínios público e privado e lota hotéis, pousadas e restaurantes”, assinala Pelegrino. “Os serviços prestados nesse período geram cerca de 150 mil empregos temporários e fortalecem a economia baiana. A infraestrutura dos festejos requer profissionais especializados e o êxito tem sido demonstrado em diversos setores, inclusive no transporte”.
A Rodoviária de Salvador se preparou para atender 175 mil passageiros que passaram pelo terminal em dez dias, incluindo esta segunda (27). A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que a operação especial, iniciada no dia 17, ofereceu 1,7 mil horários extras de ônibus para o interior do estado, além dos 540 diários. “A Bahia investe na divulgação do São João como produto turístico. Desenvolve ações promocionais tanto no mercado interno, como no exterior e como resultado o fluxo de baianos e turistas em direção às festas é crescente”, acrescenta o secretário.

"Idades Urgente", de Rubinho Lima é lançado na Casa da Cultura.

"Idades Urgente", de Rubinho Lima é lançado na Casa da Cultura.

Na noite de 17 de junho, o escritor Rubinho Lima, fez o lançamento do livro “Idades Urgentes” na Casa da Cultura em Paulo Afonso no estado da Bahia. A programação teve ainda exposição de artesanato com produtos à base de couro de Tilápia, peixe de água nativos da África, mas foram introduzidas em muitos lugares nas águas abertas da América do Sul e sul da América do Norte e a cidade é uma das maiores produtoras da espécie no Brasil. Teve também o som da Sandes Band.
Rubinho é um artista que não se contenta com um só produto artístico, ele também escreve e desenha histórias em quadrinhos com o tema do Cangaço. Com este produto ele se tornou conhecido no meio artístico da Bahia. Ele também é o representante, no governo do estado da Bahia, da 10ª Região Administrativa para a área na secretaria de cultura do estado.
Prestigiar o trabalho deste artista é comprar os seus produtos e divulgar para que mais pessoas possam ter acesso a bons textos escritos por um sertanejo que não foge das suas origens.

"A Desordem Mundial", novo livro de Moniz Bandeira‏.

O golpe de 2016, no Brasil, contra Dilma Rousseff, é apenas um episódio, ainda incruento, da formidável operação para o domínio total do planeta. Devastando povos e países antes prósperos e inclusivos, como o Iraque, a Líbia, a Síria, a Ucrânia e outros menos visíveis, esta arremetida dos Estados Unidos e Europa, visando o petróleo e outros recursos naturais, agora lança seus tenazes sobre a América Latina. Aqui, os povos também haviam iniciado, em 1999, como os do Oriente Médio, um processo de emancipação e conquistas sociais, a partir dos governos populares de Lula, Chávez, o casal Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega.

No afã de destruir tudo e muito rápido, largando no caminho milhões de mortos e mutilados, este operativo de grandes proporções, acabou, igualmente, produzindo uma situação caótica generalizada, de que é exemplo mais significativo o Estado Islâmico (ISIS), hoje incontrolável pelas próprias potências ocidentais, que o conceberam, mas que insiste em cevá-los com armas, estratégia e dinheiro a rodo. Daí “A Desordem Mundial”, título, muito a propósito, do novo livro do politólogo brasileiro Luiz Alberto Moniz Bandeira, que se projetou como um dos mais argutos analistas internacionais, desde que lançou, em 1973, “Presença dos Estados Unidos no Brasil”, obra seguida de outras vinte obras sobre golpes de Estado na América Latina e outras atrocidades institucionais no resto do mundo.
Ativista, inclusive, nas redes sociais, Moniz Bandeira alia sua erudição e poderosa pesquisa acadêmica, de que muito lhe serviu a militância política, com várias prisões e exílio depois do golpe militar de 1964, para alertar o mundo, desde sua residência na Alemanha, onde vive há vinte anos. Ou, como diz o professor Michael Löwy, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas, de Paris, Moniz “nos dá preciosas armas intelectuais para entender e enfrentar e enfrentar esse poderoso adversário”.
Löwy, que assina a orelha de “A Desordem Mundial”, editada pela Civilização Brasileira, e que, em julho, promete estar nas livrarias, considera o livro “um excelente diagnóstico da lógica destrutiva e do desejo total de dominação dos Estados Unidos”.

Lembra o cientista social parisiense, velho companheiro acadêmico do autor, que “A Desordem Mundial”, acompanhada dos subtítulos “O espectro da total dominação – guerras por procuração, terror, caos, catástrofes humanitárias”, é “baseada em formidável documentação, pesquisas de arquivos, trabalho de formiga de um autêntico cientista social”. “É, ao mesmo tempo, literatura de combate contra um adversário tenaz e poderoso”, conclui Michael Löwy. Enfim, um livro que promete explicar muito do que está por trás do golpe contra a Dilma e as arremetidas contra a Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, nossos vizinhos e parceiros indispensáveis no processo de emancipação política e econômica, que mal havíamos começado.
Por FC Leite Filho.

A calçada



As noites quentes do sertão baiano no final dos anos 70, todas as noites nos juntávamos na calçada da casa dos meus pais. Era em torno da minha mãe que nos reuníamos naqueles dias quentes de verão. Ela forrava com esteiras ou lonas o local onde ficávamos sentados ou deitados. Muitas vezes eu ficava com a minha cabeça no colo dela, ouvindo histórias de reis, príncipes e princesas, que só ela sabia contar. E ia a mundos que só os pensamentos nos consegue levar.

Muitos dos filhos dos vizinhos também vinham escutar aquelas histórias. E era assim que passamos as nossas noites. Quando ela não podia, por força do trabalho nos atender nos pedidos, nós arrumávamos brincadeiras e todos participávamos. Era de rouba a bandeira. Colocávamos dois pedaços de paus, um em cada extremidade da rua encima de um monte de terra, íamos tirando aos poucos, até o mastro cair. Era o momento de pegar e correr antes de ser espancado pelo time contrário. Era uma festa! Ou de garrafão. Fazíamos um quadrado bem grande com duas entradas no sentido horizontal. Uma em cada lado. Uma pessoal tinha que alcançar outra e tocar. Dentro se podia ficar com os dois pés. Fora, com um pé só. Se pego, a porrada era grande. E éramos felizes assim.

Rui assegura R$740 milhões para recuperação de estradas baianas.


"Nós precisamos levar emprego para o interior e a logística é fundamental. Como a capacidade de investimento com recurso próprio está muito baixa, a estrutura de empréstimo nesse momento ajuda a sustentar e seguir com os investimentos que a Bahia precisa", comentou o governador Rui Costa durante a assinatura do empréstimo de US$200 milhões, equivalente a R$740 milhões, para o Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias Estaduais, Premar. Rui assinou o empréstimo com o diretor interino do Banco Mundial para o Brasil (Bird), Boris Utria, nesta terça-feira (31), em Brasília.

O representante do Bird parabenizou o Estado da Bahia ao afirmar que esta é uma excelente parceria que ajuda a continuar trazendo investimentos, diante do atual contexto econômico do país. "Sabemos da importância do Premar para os baianos e estamos interessados em continuar com as parcerias", disse Utria.

A autorização do empréstimo veio depois de reiterados pedidos de Rui ao Ministério da Fazenda, órgão decisivo no processo de financiamentos externos. A aprovação está oficializada na edição de segunda-feira (30) do Diário Oficial da União. A audiência desta terça foi acompanhada pelo secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, o representante do governo em Brasília, Jonas Paulo, senadores baianos e técnicos do banco.

“A assinatura representa grande avanço para a Bahia. Com o empréstimo vamos viabilizar obras em importantes eixos do estado, ampliando a malha rodoviária e garantindo a manutenção de estradas já existentes”, afirma Marcus Cavalcanti.

O Estado da Bahia pretende, ainda, contratar um segundo financiamento para ampliar as obras de recuperação da malha viária baiana. São mais 200 milhões de euros, cifra pleiteada junto ao Banco Europeu.