O ICMS, no entanto, não é o fator que tem levado às sucessivas altas de preços dos combustíveis. “Sem que haja uma mudança na política de preços da Petrobras que tem como avalista o governo federal, os preços vão continuar subindo,e a iniciativa dos Estados não vai adiantar”, afirma o secretário.
A Petrobras vem reajustando seus preços com base na cotação
do dólar e no mercado internacional do petróleo, enquanto os postos repassam
estes aumentos de forma automática para o consumidor. “A política da Petrobras
é um equívoco ao não levar em conta sua produção de combustível no Brasil,
indexando seu preço às oscilações do mercado de commodities e ao câmbio”,
afirma Manoel Vitório. A empresa, acrescenta, “deve responder ainda por que
mantém capacidade ociosa nas refinarias”. Se os preços continuarem subindo,
avalia, é o consumidor que seguirá sendo penalizado.
Alíquotas seguem as mesmas
As fazendas estaduais estão contribuindo com a renúncia de suas próprias receitas para auxiliar na superação da crise, lembra ainda o secretário Manoel Vitório, mas aguardam uma solução definitiva do governo federal para este problema que compromete o bem-estar da população e os setores produtivos da economia brasileira.
O Governo da Bahia mantém as mesmas alíquotas de ICMS para combustíveis há vários anos. A última alteração ocorreu em março de 2016, para as alíquotas de diesel e álcool. Já os valores de referência constituem apenas uma forma de adequar a cobrança do imposto aos preços em vigor. É este mecanismo que está sendo congelado agora pelos estados. O congelamento inclui o Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF) e a Margem de Valor Agregado (MVA).
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