AUMENTO SOB ENCOMENDA


Qualquer um já pôde preceber que o sentido do golpe de 2016 nada tem a ver com política, nem muito menos com o interesse público: Michel Temer foi colocado no Palácio do Planalto para atender as exigências do mercado e, sobretudo, sucatear a Petrobras, de forma a torná-la atrativa às companhias estrangeiras interessadas em sua privatização.

Ao anunciar um aumento criminoso nas alíquotas do PIS/Cofins sobre os combustíveis, Temer finge mirar em um aumento de receita quando, na verdade, pretende inviabilizar a política de preços que tem mantido a Petrobras como um obstáculo ao aumento da carestia em um item fundamental para as engrenagens da economia. Isso porque é a gasolina que move a vida dos comerciantes, dos feirantes, dos pequenos produtores, de todos os trabalhadores urbanos que se deslocam da casa para o trabalho. 

Quando o governo aumenta a gasolina, todo esse sistema, sobretudo no que diz respeito ao preço das passagens de ônibus, é atingido no coração.

O fato é que aumentar a receita é só mais uma mentira desse governo golpista e irresponsável, ocupado que sempre está em cumprir as tarefas que lhe foram dadas antes que a podridão que o cerca termine por engoli-lo, até que um semelhante seja posto em seu lugar.

Trata-se, ainda, de uma manobra ardilosa, porque muitos postos - sobretudo os que ainda trabalham cartelizados, em todo o País - vão aproveitar para vender combustível com valor reajustado sobre um aumento de imposto que eles sequer pagaram, ainda. Uma situação típica de um País sem governo, comandado por quem não tem nenhum compromisso com o povo.

Para vencer essa gente e impedir que a destruição da economia e dos empregos continue, só eleições diretas, com o restabelecimento da democracia. 

*Chico Vigilante*, deputado distrital (PT-DF).

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