Temer se referiu aos seus críticos como arautos da tragédia, ou do desastre, nem lembro.
No mesmo dia em que proferiu esse despropósito, preocupado em se livrar das investigações por roubo da coisa pública, embarcou para a Argentina, para lá defender os interesses norte-americanos, mas antes o rato que nos governa autorizou o aumento de impostos sobre combustíveis e cortou mais 5,9 bilhões dos investimentos públicos.
Tudo aponta para o segundo mês consecutivo de deflação, o que significa diminuição na margem de lucros das empresas, com as maiores desempregando e as menores, quebrando.
O que até agora garantiu o meio circulante, sem a necessidade de emissão de papel moeda; e a consequente inflação, foi a liberação do FGTS, que injetou quase 50 bilhões na economia.
Acontece que neste mês foi liberado o último lote.
Sem o FGTS, dinheiro do próprio trabalhador, alardeado pelo desgoverno como se fosse dádiva do rato, muitos desempregados cairão na real agora, com o SPC/Serasa anotando o desespero do comércio.
Está faltando dinheiro para tudo, menos para o rato gerenciar os seus interesses.
Cientistas deixaram de viajar, estudantes perderam cursos no exterior, brasileiros deixaram de fazer turismo ou visitar parentes doentes porque faltaram 102 milhões de reais para confeccionar passaportes, no entanto, par livrar-se de uma investigação com conclusão anunciada: é ladrão, o rato liberou 138 milhões para os deputados que venderam as consciências, a honra e a dignidade, na Comissão de Constituição e Justiça, dando salvo conduto para que o rato continue na sua sanha no exercício de roedor.
138 milhões... 20 vezes mais que FHC gastou para comprar a própria reeleição.
O BNDES, outrora banco de desenvolvimento, aos poucos vai se tornando um banco comercial: para que o governo do Rio de Janeiro pague o mês de maio e a segunda parcela do décimo terceiro salário do ano passado, aos funcionários públicos, fez a proposta de comprar a CEDAE (Cia de Águas do Estado) por três bilhões, para revendê-la, uma cafetinagem com a população carioca.
Inquirido sobre como vai reverter isso, Meirelles aponta para novos aumentos nos impostos e na criação de impostos novos, além de contar com a receita de novas privatizações e da venda de mais fatias do PreSal.
A política é de terra arrasada, enquanto o rato, com 3% de aprovação, discursa que o povo entenderá os aumentos porque confia no governo.
Ou os figurões saltaram da cocaína para o crack ou perderam a sanidade mental. Ou a esquerda se prepara para organizar um levante ou será o estouro da boiada, situação ideal para o fascismo atento, só esperando o momento de se anunciar.
Por Francisco Costa.
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