Não é de hoje que percebemos
que toda a notícia “importante” no Brasil saí primeiro na Globo. E essa
percepção ficou mais evidente nos últimos tempos. Principalmente na área política.
A dona da fonte da notícia tem
a primazia de receber antes que qualquer outro órgão de imprensa o que acontece
no submundo da informação. É ela que tem os melhores contatos oficiais entre os
políticos, empresários, líderes religiosos, porta-vozes de grandes empresas e,
principalmente, dentro o judiciário.
Nenhuma outra empresa de
notícia tem o privilégio que a Globo tem. Seus jornalistas conseguem estar
dentro de uma sala de audiência, mesmo não estando no local. São eles quem, em “plantões
extraordinários”, na TV, notas em Blogs e Sites, ou jornais do dia seguinte,
conseguem dar a notícia em “primeira mão”. As vezes nem recorrem a outra fonte
para a comprovação da notícia, pois a mercadoria recebida tem “procedência
garantida”.
E isto criou o “jornalismo de
segunda” feito pelas outras emissoras de TV e empresas de comunicação, que se
contentam em repercutir o que a Globo vaza no seu noticiário diário. Tornaram-se
uma caricatura da redação da fonte da notícia.
Essa primazia da informação
precisa ser melhor explicada. Qual o valor e como são pagas as fontes que
fornecem a notícia em primeira mão? Essas negociações para terem acesso a algo
que ninguém tem, servem para destruir reputações de pessoas ou entidades que
discordam do pensamento da empresa de comunicação. Criando uma desigualdade
nunca antes vista na história do Brasil.
Como é a fonte quem define o
que é notícia, os vazadores de informação, em conluio com a proprietária, estão
buscando influenciar a opinião pública com suas publicações diárias.
O conforto de quem é agredido
pelas notícias é o de que boa parte da população já percebeu que o noticiário se
tornou tão tendencioso, que perdeu a credibilidade. E isto reflete atualmente
na baixa audiência do Jornal Nacional e na queda das vendas de suas publicações
e leituras virtuais.
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