"Fórum Social é um dos espaços mais democráticos do mundo"

Em entrevista para a rádio Cruzeiro (AM 590), nesta sexta-feira (29), no programa Força do Povo, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) destacou a realização do Fórum Social Mundial, que está acontecendo em duas etapas no Brasil: em Porto Alegre e na Bahia. Segundo o deputado, que vai compor hoje à tarde a mesa “Direitos humanos no século XXI e as questões dos desaparecidos políticos”, no Hotel Sol Barra, o Fórum é um dos espaços mais democráticos do mundo.

“Trata-se de uma resposta ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e pelo imperialismo. É uma impressionante articulação que corresponde a esta fase de globalização do capital. O Fórum pretende apresentar uma outra idéia de humanidade, uma outra sociedade que seja capaz de atender aos reclames de milhões de pessoas excluídas pela lógica cruel do capital”.

Emiliano lembrou que na Bahia está sendo realizado, a partir de hoje (29), o Fórum Social Temático, o qual irá participar. “Vamos tratar de temas como o lado sul do mundo como alternativa, o programa da mulher, a crise econômica e a emancipação, reforma agrária, agricultura familiar, racismo, mídia, democracia, entre outros”.

O parlamentar ressaltou que “o Fórum Social Temático pretende - diante da crise que enfrentamos a partir de 2008, e não podemos dizer que esteja exatamente superada, mas no Brasil já estamos numa outra fase - apresentar alternativas, outros caminhos, diferentes dos propostos pelas classes dominantes mundiais. Alternativas voltadas, sobretudo, para atender às necessidades dos povos excluídos do mundo”.

DIA DO JORNALISTA

No papel de jornalista e professor de Comunicação, Emiliano parabenizou os seus colegas de profissão pelo dia de hoje. “Essa é uma das mais extraordinárias profissões do mundo contemporâneo. Profissão que ganhou consistência a partir de meados do século XIX. E de lá pra cá o mundo não existe sem o trabalho do jornalista”.

Sobre a decisão do STF de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, o deputado disse que tem debatido muito o assunto na Câmara Federal, em conferências e debates. “Jogaram o diploma na lata do lixo. Os jornalistas estão se sentindo órfãos. Vi colegas de profissão chorando. Costuma-se dizer que não se discute decisões de juizes. Eu não considero assim. Claro que temos que respeitar, mas foram decisões profundamente equivocadas tanto a do diploma quanto da revogação da lei de imprensa”.

Para Emiliano, o STF não observou a importância da profissão. “O Brasil é o único país com assento na ONU que não tem lei de imprensa. Quem fica desprotegido com isso é o cidadão comum, diante os erros da imprensa”. Segundo o parlamentar, os jornalistas vêm lutando pela regulamentação da categoria desde os anos 30 do século passado, e conseguiram. “De repente, chega o ministro Gilmar Mendes e toma uma decisão equivocada como essa. Mas a luta continua”, concluiu.

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