Brasília amanheceu sob forte esquema de segurança na semana
que passou, quando o Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento de acusados
pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O que chamou a atenção não foi
apenas a rigidez das medidas adotadas pela Corte, mas a ausência calculada de
alguns réus, que preferiram não comparecer às sessões, numa tentativa de
esvaziar o peso simbólico do processo. A estratégia, no entanto, expôs ainda
mais a fragilidade política e moral daqueles que tentaram subverter a
democracia.
O ministro Alexandre de Moraes determinou que defesas de
acusados como César Guimarães Galli Júnior, Dalvina Severino de Queiroz e Bruna
Cristina Zaramella apresentassem explicações sobre o descumprimento de medidas
cautelares impostas pelo tribunal. Segundo informações do portal Olhar
Jurídico, Moraes alertou que a insistência em ignorar determinações judiciais
pode resultar em prisão imediata, reforçando a seriedade com que o STF conduz
os processos. A ausência, que poderia ser lida como ato de resistência, acabou
soando como fuga diante da força das provas reunidas pela Procuradoria-Geral da
República.
Enquanto isso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva acompanha de perto o desenrolar das ações. Para o Planalto, a condução
firme do Supremo é essencial para consolidar a estabilidade institucional e
mostrar que o Brasil não tolera aventuras autoritárias. Lula tem reiterado em
discursos que a democracia brasileira só se fortalece quando as instituições
funcionam em harmonia, e a atuação do STF neste momento é vista como peça-chave
para garantir que episódios como o de janeiro de 2023 jamais se repitam.
A ausência dos réus, portanto, não enfraquece o processo,
mas reforça a narrativa de que aqueles que atacaram a democracia não têm
coragem de enfrentar a Justiça de frente. O contraste é evidente: de um lado,
um governo eleito legitimamente, que aposta em políticas sociais e diálogo; do
outro, personagens que tentam escapar de suas responsabilidades, mas acabam
presos em suas próprias contradições. O julgamento segue, e com ele a certeza
de que o Estado brasileiro, sob a liderança de Lula e com o respaldo do STF,
não permitirá que a sombra do golpismo volte a ameaçar o país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário