Em comparação com o próprio desempenho no ano passado, a Bahia registrou crescimento de 216,5%. O total investido em janeiro e fevereiro de 2021 foi de R$ 215,42 milhões. De acordo com especialistas em contas públicas ouvidos pelo Valor, os investimentos dos estados tomaram impulso no decorrer de 2021, quando fecharam o ano com alta real de 83,6% no cômputo geral, e devem se manter fortes ao longo de 2022.
Na Bahia, de acordo com a
Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba), os investimentos de 2020 totalizaram
R$ 2,47 bilhões, ampliando-se para R$ 4,09 bilhões em 2021. A tendência é que
em 2022 o valor investido supere o patamar do ano passado. “A Bahia vem mantendo o equilíbrio fiscal e o
ritmo de investimentos ao longo de todos estes anos de crises econômicas
sucessivas no país graças à gestão baseada em controle dos gastos, uso
intensivo de tecnologia pela fiscalização e combate à sonegação”, afirma o
secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório.
Modelo Bahia
Ao longo dos últimos anos, o governo baiano vem mantendo as contas em equilíbrio e pagando os salários dos servidores rigorosamente em dia e dentro do mês trabalhado, enquanto vários estados atrasaram e até parcelaram estes pagamentos. A Bahia também tem honrado os compromissos com fornecedores e firmou-se em segundo lugar em investimentos desde 2015, atrás apenas de São Paulo no período. O Estado investiu ao todo, de 2015 a 2021, R$ 18 bilhões em áreas como infraestrutura, mobilidade, estradas, saúde, educação, segurança e agricultura, entre outras.
Esta performance, de acordo com o secretário Manoel Vitório, ocorre graças a um conjunto de iniciativas, o Modelo Bahia de Gestão, que articula ações de qualidade do gasto público, modernização do fisco e combate à sonegação. De 2015 a 2021, a Bahia registrou uma economia real de R$ 9 bilhões em despesas com a manutenção da máquina pública, a exemplo de água, energia, material de consumo, combustíveis, viagens, tecnologia da informação, periódicos, contratos de prestação de serviços, entre outras.
A economia foi obtida por meio do
programa de Qualidade do Gasto Público. Estes recursos que deixaram de ser
gastos com o custeio de atividades do próprio governo foram redirecionados e
contemplaram atividades diretamente voltadas para o atendimento às demandas do
cidadão.
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