Estudante sem máscara e a universidade parada
Desde que começou a pandemia
de Covid-19 que as preocupações com a segurança de todos se tornaram algo
fundamental. E entre estas preocupações, o uso da máscara facial foi e é
fundamental para que o vírus não se propague mais do que já fez ou possa vir a
fazer, que é a contaminação e em último caso levar a morte.
Famílias foram destruídas, outras sentem as consequências de terem seus entes contaminados e verem sofrer para se recuperarem das sequelas deixadas pela doença, muitas das pessoas contaminadas dão testemunhos de que permanecem padecendo depois de meses.
Mesmo com todas as campanhas
públicas de governos municipais e estaduais alertando para a obrigatoriedade do
uso das máscaras, algumas pessoas se negaram a usa-las. E desde que começou, há
enfrentamentos entre os que buscam se preservar e aos outros e aqueles que
descumprem a Lei.
Na Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, onde continua a se exigir o uso de máscaras, um aluno do curso
de jornalismo que está cursando a disciplina de comunicação integrada, ontem
07, resolveu descumprir as normas internas. As aulas presenciais retornaram no
dia 28 de março com regras definidas.
Segundo a própria
universidade, servidores, técnicos, estudantes e professores e os terceirizados,
aqueles que prestam serviços através de empresas contratadas, devem fazer o uso
da máscara em todos os ambientes. E todos devem comprovar que estão vacinados
contra o Covid-19. E é de conhecimento público que todos devem cumprir as
determinações.
Em caso de descumprimento das
normas estabelecidas pela universidade, poderá haver um processo disciplinar e
levar, servidores ou alunos ao afastamento do mesmo para o bem da maioria.
O problema começou mesmo
quando o governo do estado, esta semana, tornou facultativo o uso de máscaras em
todos os ambientes. O que não torna possível, no caso da universidade, já que
as informações são de que por lá o uso da máscara continuará a ser exigida.
Mesmo sabendo da determinação da
universidade, o estudante Marcelo Francisco do Nascimento (policial), foi a
universidade sem a máscara e entrou na sala onde estava o professor Daniel Dantas
Lemos que pediu que fosse feito o uso da mesma e ouviu a recusa de aluno que
alegou que o decreto, aquele do governo do estado, tinha flexibilizado e por
isto não estaria descumprindo as normais legais. Na sala era a única pessoa sem
fazer o uso.
A situação descambou para um
bate-boca entre o aluno e o professor, que exigia que a normativa da
universidade fosse cumprida, enquanto o aluno se negava a fazê-lo. Não acontecendo,
a aula foi encerrada.
Após, os dois, terem procurado
o departamento do curso e colocado, cada um, sua versão dos fatos, o professor
Daniel foi informado por alunos que em grupos do whatsapp estavam postando
ameaças e ofensas a sua pessoa. Lemos confidenciou que a noite para ele foi
muito traumática após ver as intimidações e ameaças de morte.
O que se espera da universidade é que esteja ao lado do
professor e da justiça, que se apure os fatos e ameaças ao professor Daniel para
que os culpados sejam rigorosamente punidos. Não se pode admitir que as
universidades se tornem antro de bandoleiros que fazem ameaças e fiquem
impunes.
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