A agenda presidencial só tem um item: livrar-se a cassação por roubo.
As agendas de todos os ministros só têm um item: sustentar o governo, para não perderem as boquinhas.
A pauta do parlamento só tem um item: cassar ou não cassar o ladrão de plantão.
A pauta do Judiciário só tem um ponto: atender às demandas da situação e da oposição, em torno da cassação do ladrão ou não.
A mídia só tem um item na pauta: a aprovação das reformas, fazendo eco com o empresariado, depois do que a cassação ou não será coisa supérflua, a semi-escravidão estará restaurada.
O déficit público continua subindo, já é mais de três vezes maior que o deixado por Dilma, os investimentos públicos praticamente reduziram-se a zero, os programas sociais vão se tornando enviáveis, por falta de verbas, os estados estão falidos, o desemprego continua e, para complicar ainda mais, uma deflação, fenômeno tão ou mais funesto que a inflação (a inflação quebra o consumidor, a deflação quebra o produtor e o comerciante).
E tudo isso congelado por vinte anos.
No exterior, mais ignorado que vira lata em concurso de cinofilia, o cleptopresidente anunciou que não há crise no Brasil (só foi procurado e ouvido pela mídia tupiniquim, o figurante no G-20, completamente ignorado pelos jornalistas estrangeiros, dada a sua insignificância, e que saudade tenho de Lula e Dilma, protagonistas).
Estamos um país acéfalo, nos dois sentidos: por não termos uma cabeça nos dirigindo e por não termos cabeças para encontrar uma solução.
Com a pauta rica e variada só o povo: bailes funk, shows de sertanejos, forrós, festas julinas, cultos religiosos, chororôs nas redes sociais, novelas, realities shows, campeonato brasileiro de futebol...
Enquanto Rodrigo Maia se prepara para piorar tudo.
Ou o brasileiro toma vergonha na cara e reage ou estará se confessando merecedor, por cumplicidade.
Por Francisco Costa.
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