A Secretaria da Administração
(Saeb) lançou a Central de Serviços do CAB, unidade que vai fornecer serviços
compartilhados para os órgãos públicos situados no Centro Administrativo da
Bahia (CAB). O projeto prevê que os órgãos do CAB compartilhem serviços de uso
comum e utilizem soluções tecnológicas para diminuir gastos. A economia
estimada é de R$ 13 milhões no primeiro ano de funcionamento.
Ao invés de cada órgão
contratar serviços individualmente, a Central vai reunir e fornecer serviços de
vigilância, limpeza, manutenção, jardinagem, transporte e outros. O projeto foi
inspirado em centrais de serviços compartilhados que já são utilizadas por
grandes corporações do setor público e privado como a Petrobras, a empresa Vale
e a Fiocruz.
A Central de Serviços foi
apresentada para os diretores gerais, diretores administrativos e coordenadores
de serviços gerais dos órgãos públicos localizados no CAB. A superintendente de
Recursos Logísticos da Saeb, Jerusa Marins, explicou para os gestores como vai
funcionar a unidade de serviços compartilhados.
A unidade de serviços
compartilhados será dividida em quatro áreas de atuação: Central de Frota,
Vigilância e Segurança Integrada, Serviços Terceirizados Residentes e Serviços
Terceirizados não Residentes. Parte dos serviços será contratada, via
licitação, por intermédio de empresa terceirizada.
A Central de Serviços atenderá
um total de 29 órgãos públicos pertencentes ao Poder Executivo. As unidades da
administração estadual estão distribuídas em 19 prédios, todos localizados no Centro
Administrativo da Bahia.
Central de Frota
A Central de Frota concentrará
todos os veículos que vão prestar serviços administrativos aos órgãos do CAB.
Toda vez que um servidor precisar se deslocar a trabalho será solicitado um
veículo com motorista para transportá-lo. O Estado vai pagar apenas pelo
transporte, de acordo com a quilometragem percorrida. Os Servidores que forem
se deslocar para o mesmo local vão compartilhar o mesmo veículo.
O Estado não vai comprar mais
veículos, que serão da empresa terceirizada, assim, não precisará gastar com
manutenção, seguro, combustível e outros custos relativos. O número de carros
será reduzido consideravelmente, porque um mesmo automóvel será utilizado por
vários órgãos.
Atualmente, cada órgão público
possui sua frota, mas os veículos só são utilizados quando necessário. Assim, o
custo para manter os carros é alto e os automóveis ficam ociosos durante parte
do dia. A implantação desse projeto torna-se possível em função dos órgãos
públicos estarem próximos fisicamente, todos reunidos no CAB.
Terceirizados
Os serviços terceirizados não
residentes (manutenção predial, limpeza, jardinagem, conservação e limpeza)
também vão ser compartilhados entre as unidades públicas do CAB. O sistema é
parecido com o da frota. Atualmente cada órgão possui seus próprios
jardineiros, eletricistas, encanador, auxiliar de serviços gerais e outros. Com
a Central, os profissionais não ficarão lotados nos órgãos, vão ser chamados
apenas quando houver necessidade para executar um serviço.
Os serviços de Vigilância e a
Segurança também serão compartilhados para otimizar a gestão. Além de rondas
partilhadas entre os órgãos do CAB, o novo plano de segurança prevê o uso de
tecnologia, a exemplo do monitoramento eletrônico e da utilização de alarmes
nos prédios. Também planeja a intensificar a utilização da Polícia Militar nas
áreas externas.
Esse modelo foi desenvolvido
em parceria com o Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de
Julho (COI), que funciona no Centro Administrativo. As imagens das câmeras que
vão monitorar os prédios e as áreas externas do CAB serão interligadas à central
de monitoramento do COI.
Os serviços terceirizados
residentes são aqueles que os postos de trabalho precisam ser fixos, como
portaria, recepção, ascensoristas, telefonistas e almoxarifados. A concentração
das contratações dos terceirizados na Central de Serviços vai diminuir os
custos em função da economia de escala, modalidade pela qual as compras feitas em
maiores volumes conseguem preços melhores.
Outra economia será gerada
porque a Central vai acabar com a duplicidade de áreas de apoio das
secretarias. Ao invés de cada secretaria possuir um setor para controlar e
gerenciar os contratos, apenas uma unidade situada na Central vai fazer o
controle. Os contratos de mão de obra terceirizada vão, ainda, ser controlados
por indicadores de qualidade estabelecidos por cada órgão. As empresas serão
obrigadas a cumprir os indicadores para não serem notificadas e terem valores
glosados.
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