FINALMENTE CONHECEREMOS AÉCIO NEVES, UM GANGSTER. (Por Francisco Costa)

Não gosto de tucanos e isso não é novidade, mas é um não gostar político, um discordar ideológico, sem ódio.
Sem exagero, eu me sentaria com qualquer um deles para um bom papo, de preferência não sobre política, e sairíamos com a impressão de simpáticos, um ao outro.

Mas com Aécio qualquer relação seria impossível. Aécio é o mau caráter nato, é o vagabundo profissional que viveu da fortuna familiar e, por uma desgraça, herdou o patrimônio político do avô e, ao invés de usar para o bem do próximo e da pátria, usou para multiplicar a própria fortuna.

Vindo estudar no Rio de Janeiro, logo mergulhou nas drogas e na baderna. Recentemente um delegado de polícia aposentado, um velhinho, contou a um jornalista que cansou de prender Aécio, por baderna e vandalismo, mas logo o telefone tocava na Delgacia, era um poderoso, e ele tinha que soltar o moleque.

Esta impunidade, este tudo poder, por conta da fortuna familiar e o prestígio político do avô é que o levou a não admitir ser contrariado nunca, e o resultado foi o não conformismo democrático, quando derrotado por Dilma, começou a desestabilizar o país logo que saiu o resultado da eleição, nos trazendo à situação atual.

No histórico de Aécio há uma surra na ex-esposa e atendimentos em CTI, por overdose de cocaína.

Em uma das vezes ele escapou por pouco, mas a mulher que estava com ele, em um motel, foi a óbito.

Tudo isso foi sempre escondido do público, graças a uma violenta milícia sustentada por Aécio, onde se incluíam muitos policiais mineiros, intimidando jornalistas e testemunhas.

Um policial, no entanto, Lucas Arcanjo, com destemor anunciava aos quatro ventos todos os crimes de Aécio, inclusive homicídios, a mando dele, chegando a protocolar denúncias no Ministério Público mineiro e federal, em Brasília, sem conseqüências, graças à blindagem de Aécio.

Lucas Arcanjo apareceu enforcado, em sua própria casa.

Quando governador, com dinheiro público construiu dois aeroportos em fazendas da sua família, fora da rota dos vôos comerciais, mas na rota do narcotráfico, além de um terceiro, no município de Montezuma, também numa fazenda da família dele, uma fazenda de milhares de hectares de eucaliptos, longe de qualquer aglomerado urbano e que no entanto tem intenso tráfego de pequenos aviões.
Na escuta feita pela Polícia Federal, Aécio falou que o emissário que pegaria, e pegou, a mala de dinheiro teria quue ser alguém que “a gente mate” antes dele nos delatar.

Coincidentemente foi encontrada uma ossada humana enterrada em uma de suas fazendas, sem que até hoje a polícia comprada por Aécio identificasse quem foi o assassinado.

A mídia omitiu, mas o helicóptero apreendido com quase meia tonelada de pasta de cocaína é de propriedade do Senador Perrela mas presta serviço à Agropecuária Neves, sendo que o filho do Perrela é sócio de Aécio em negócios obscuros, não tão obscuros, como ficou demonstrado na carga do helicóptero.

O acidente da Samarco, em Mariana, está impune porque tem o dedo de Aécio e da Cemig. O Ministério Público mineiro sabe de tudo isso, mas existe para perseguir e punir os que denunciam isso. O Ministério Público Federal sabe de tudo isso, por denúncias chegadas de Minas. Contam-se em dezenas os casos de sentenças vendidas pelos juízes mineiros, sempre em favor da família Neves. Preso o tio de Aécio, por produção e venda de cocaína, um juiz que havia sido nomeado por Aécio foi quem deu o Habeas Corpus e o colocou na rua. A negociata do HC aconteceu num alambique (fábrica de cachaça) de propriedade da família Neves.

O Secretário de Segurança, no governo de Aécio, era o advogado de Fernandinho Beira Mar, e isto não é segredo para ninguém, em Minas e na cúpula brasiliense.

E de onde vem todo esse poder e todo esse dinheiro, capaz de comprar autoridades nos três poderes e em todos os níveis de poder, capaz de comprar a mídia nacional?
De várias fontes, a começar pela apropriação indébita, através da corrupção, passando pelo uso do dinheiro público mineiro, para corromper autoridades.

Tudo começou com o dinheiro da família, muito, e o prestígio político proporcionado por Tancredo Neves, o chefe do clã, multiplicando-se em muito quando a mãe de Aécio casou-se, em segundas núpcias com o herdeiro do Banco Moreira Sales, que foi incorporado ao Itaú, excetuando-se as jazidas de Nióbio, no município de Araxá, um minério raríssimo e caro, de propriedade do banco, por doação da ditadura militar, em troca dos serviços prestados (financiamento do golpe de 64).
Com o casamento da Dona Neves, 98% do Nióbio existente no mundo caiu no colo da família Neves, rendendo bilhões/ano.

E chegamos ao verdadeiro Aécio: basta nos lembrarmos dos discursos e pronunciamentos de Aécio para percebê-lo medíocre; basta nos lembrarmos dos debates com Dilma para o entendermos medíocre, despreparado, limitado; diante das atuais acusações, enquanto Temer e outros acusados vieram a público soltar os cachorros, Aécio se limitou a notinhas à mídia, através de intermediários; Aécio já foi flagrado chapado de cocaína no plenário do Congresso, diversas vezes; o próprio Serra, seu correligionário, se manifestou temeroso quanto à candidatura de Aécio à presidência, por causa do “vício”; há um laudo, oficial, assinado por um médico do CTI, que o atendeu, com overdose de cocaína, onde afirma: “o paciente não tem condições de administrar nem a própria vida, que dirá um estado.”

Quero avisar aos Aeçófilos, coxinhas e congêneres que não sou detetive, vidente ou adivinho, menos ainda caluniador. Tudo isso está nas redes sociais, basta ir ao Google Busca e digitar a informação que quer obter.

Como, então, com tantas limitações, Aécio pode ter a projeção que teve?

Aécio é um produto, uma embalagem, um rótulo necessário porque vivemos numa sociedade machista, onde o machismo é levado às últimas conseqüências nas organizações criminosas.

O Rio de Janeiro tem o Comando Vermelho e o cérebro é Fernandinho Beira Mar; São Paulo tem o PCC e o cérebro é o Marcola; Minas Gerais tem os Neves e o cérebro é Andréa Neves. Aécio é só o robô, a fachada.

Por isso a preocupação do PGR e do STF em prendê-la, para deixar a organização acéfala e Aécio perdido, órfão, sem orientação, de maneira a facilitar a retirada de mais um bandido de circulação.

Não basta a justiça brasileira apurar a corrupção na família Neves, tem que apurar o narcotráfico e os homicídios.

Francisco Costa.

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