BRASÍLIA EM CHAMAS.

Indignação da população, expressa por manifestantes?

Ou obra de infiltrados de sempre, toda vez que ocorre uma manifestação?

Cada um com seu ponto de vista.

Até porque, neste momento, é impossível, como diziam nossas avós, “separar joio do trigo”.

Mas nem um nem outro estariam nas praças públicas na ausência de anormalidade política.

Esta é a questão fundamental. Daí derivam esses comportamentos.

Com a normalidade política os manifestantes estariam na universidade, no trabalho, em casa.

Não haveria espaço para reações sem fundamento.

O protesto é justo. Legítimo e bem-vindo.

O contrário disso seria a submissão covarde.

A desistência do futuro e da esperança.

A violência explodiu.

E explodirá sempre que houver condições ambientais para essa situação.

De explosão, da queima rápida, que é uma explosão.

A reação químico-social que libera energia reprimida.

Os telejornais do horário nobre, com empáfia que é parte do jogo, irão referir-se a essas cenas como “violência indevida”, “obra de provocadores” e outras condenações.

Cinismo. Puro cinismo.

Não houvesse anormalidade política, sensação de impotência e de indignação e haveria paz.

Alguma paz. Em ruas, praças e avenidas. "

Publicado no "Bemblogado". Por Ulisses Capozzoli.

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