Indignação da população, expressa por manifestantes?
Ou obra de infiltrados de sempre, toda vez que ocorre uma manifestação?
Cada um com seu ponto de vista.
Até porque, neste momento, é impossível, como diziam nossas avós, “separar joio do trigo”.
Mas nem um nem outro estariam nas praças públicas na ausência de anormalidade política.
Esta é a questão fundamental. Daí derivam esses comportamentos.
Com a normalidade política os manifestantes estariam na universidade, no trabalho, em casa.
Não haveria espaço para reações sem fundamento.
O protesto é justo. Legítimo e bem-vindo.
O contrário disso seria a submissão covarde.
A desistência do futuro e da esperança.
A violência explodiu.
E explodirá sempre que houver condições ambientais para essa situação.
De explosão, da queima rápida, que é uma explosão.
A reação químico-social que libera energia reprimida.
Os telejornais do horário nobre, com empáfia que é parte do jogo, irão referir-se a essas cenas como “violência indevida”, “obra de provocadores” e outras condenações.
Cinismo. Puro cinismo.
Não houvesse anormalidade política, sensação de impotência e de indignação e haveria paz.
Alguma paz. Em ruas, praças e avenidas. "
Publicado no "Bemblogado". Por Ulisses Capozzoli.
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