Fulgencio Batista foi o
ditador cubano de 1952 a 1958. Ele já tinha sido presidente antes, mas foi com
um golpe em 10 de março de 1952 que ele conseguiu acabar com a ordem
constitucional do país. Ele derrubou o eleito Carlos Prío Socarrás. Lhe parece
familiar essa história?
Durante a ditadura de
Fulgencio, Cuba ficou conhecida como “o prostíbulo” americano. Tanto era o
escárnio com aquele povo que Arthur M. Schlesinger, Jr, que era assessor
pessoal do presidente Jonh Kennedy, chegou a fazer esta declaração, após ter
estado no país: “eu adorava Havana e me horrorizou a maneira como esta adorável
cidade tinha se transformado desgraçadamente em um grande cassino e prostíbulo
para os homens de negócios norte-americanos.”
O ditador local tinha aberto
as portas do país para que americanos pudessem fazer turismo na ilha. Estava
tudo liberado. Bastava comprar uma passagem aérea, pegar um barco e logo se
estaria ocupando hotéis, pousadas, ruas, praias bares e ruas.
Com a perda do poder
aquisitivo da população local, o nepotismo e a corrupção marcaram a
administração golpista. A pobreza tomou conta da população. Só os corruptos
endinheirados viviam uma vida nababesca.
Com dinheiro no bolso, os
americanos usaram e abusaram da fragilidade das famílias. Mulheres vendiam o
corpo para sobrevir. Era um momento de degradação social e moral de uma
sociedade entregue por um vassalo corrupto.
Era a época do turismo sexual
feito em Cuba. Algo que já conhecemos no passado, de triste memória, aqui no
Brasil. Onde mulheres eram ofertadas em propagandas da Embratur - Instituto
Brasileiro de Turismo, distribuídas nos Estados Unidos quando o atual
governador de São Paulo, João Doria, foi seu presidente.
Um tempo que deveria ser
esquecido no passado de triste memória.
Com a revolução em 1 de
janeiro de 1959 em Cuba, os Barbudos, como eram conhecidos, acabaram com a
pratica que envergonhava a população. Hoje seu povo anda de cabeça erguida e se
orgulha e prefere esquecer este passado.
No Brazil de Bolsonaro se dá o
inverso. Ele anunciou que americanos, canadenses, japonese e australianos não
vão mais precisar de visto para entrar no país. A Cuba de Fulgencio hoje é
aqui.
Doenças, terrorismo, espionagem,
prostituição, compra de nossas terras e riquezas a preços de banana – voltamos
a ser a republica delas. Tudo isto, e muito mais do que presta em uma sociedade
e no mercado, está sendo ofertado aos ricos americanos, como prostitutas nas
ruas de Amsterdã na Holanda.
Nem Raul Seixas nas horas em
que a sua genialidade musical se mostrava como previsões teria imaginado que a
sua música “Aluga-Se” seria tão profética. “A solução pro nosso povo eu vou dá.
Negócio bom assim ninguém nunca viu. Tá tudo pronto aqui é só vim pegar. A
solução é alugar o Brasil. Nós não vamo paga nada. Nós não vamo paga nada. É
tudo free. Tá na hora agora é free. Vamo embora. Dá lugar pros gringo entrar.
Esse imóvel tá pra alugar.
Com os anúncios de Bolsonaro e
do ministro da Economia Paulo Guedes, que disse a empresários americanos,
“Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões
de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos
vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses", já Brasil já não está
mais para alugar. Agora é venda direta ao deus mercado.
Pior que as feiras do rolo
espelhadas na maioria das cidades brasileiras. A fala do ministro faz lembrar
um termo bastante conhecido nas redes sócias para definir que a coisa está
bastante feia e ainda pode piorar, “pega fogo, cabaré”.
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