Tá na internet: "A coruja de Minerva só levanta voo ao anoitecer"


“A coruja de Minerva só levanta voo ao anoitecer”, a famosa frase de Hegel, que é interpretada no sentido de que só compreendemos inteiramente os fatos somente após o término do seu ciclo, pode nos levar a sermos céticos e cautelosos acerca dos últimos desdobramentos da política nacional, desde o esquecido Queiroz, o motorista do Clã Bolsonaro, que fazia depósitos regulares na conta da família, da prisão dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes, também intimamente ligados ao clã, inclusive um deles com moradia no mesmo condomínio e inúmeras fotos em situações que dizem algo sobre a proximidade entre todos; e, agora, o pega-fogo cabaré com a prisão de Temer, seu operador financeiro e Moreira Franco, sogro do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com consequências diretas e imediatas no processo legislativo das reformas da previdência e do ‘pacote’ anti-crime do síndico da República de Curitiba. A Coruja de Minerva com certeza nos dirá no futuro quais os elos e desdobramentos desses fatos, mas, no presente, podemos fazer uso de outra lição, de que a história joga dados com seus acontecimentos, fazendo com que seus sujeitos saiam dos subterrâneos da política, onde se escondiam e, tal uma tragédia grega, - no caso, brasileira, - se retire a máscara dos seus principais atores. Primeiro, os da planície, depois os do Planalto.

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