O Portal da Fundação Perseu Abramo (FPA) publicou entrevista com o ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda. Ele analisa a onda de ataques à candidatura de Dilma Roussef da parte dos tradicionais órgãos de imprensa. Trata-se de uma ação política,orquestrada pelo DEM e PSDB, visando alvejar Dilma, Lula e o PT. São manobras de guerra.
Nilmário Miranda, atual presidente da Fundação Perseu Abramo e candidato a deputado federal em Minas Gerais, afirma que o comando de José Serra usa quatro eixos para tentar barrar o crescimento da candidatura de Dilma Roussef.
Primeiro eixo: repetem como um mantra que o governo FHC é “igualzinho” ao de Lula, que as políticas sociais, todas, são de FHC, e que Lula as expandiu “um pouco” porque foi favorecido pela economia mundial. É uma tentativa de responder à proposta do PT de comparar os dois governos e mostrar as diferenças.
“No livro Brasil entre o Passado e o Futuro (co-edição EFPA/Boitempo), o Nelson Barbosa fala que houve uma inflexão na construção de um novo modelo (entre FHC e Lula). Agora são dois modelos distintos, o viés do Estado, a relação Estado-mercado, o fortalecimento do setor público, e o crescimento do mercado interno como estratégia predeterminada, inclusive durante a crise internacional. Existe uma grande diferença entre eles e é evidente que os tucanos não querem que essa diferença apareça, para evitar que os dois projetos apareçam para que o eleitorado se decida. E os jornais, a televisão vão bater nesse ponto dia e noite nos próximos meses”, analisa Nilmário Miranda..
Segundo eixo: vão repetir na mídia que o projeto de Dilma é “estatista”. O objetivo é tentar separar o empresariado da campanha da Dilma. Eles interpretam a Petrobrás, o pré-sal, CEF, Banco do Brasil, BNDES, não como presença do Estado$ como planejador e realizador, mas como o velho estatismo. Mas, o empresariado não está embarcando nessa conversa depois da crise financeira mundial, das taxas de crescimento, da estabilidade.
Terceiro eixo: eles atacam a política externa. Isso é muito estranho porque nunca a política externa foi alçada ao centro da disputa eleitoral. Em 2002 ocorreram debates sobre a ALCA, Mercosul, mas sem este apelo popular. Eles dizem que o Brasil de Lula apóia “ditaduras” como Cuba, Irã, Venezuela. Querem combater com isso o orgulho nacional provocado pelo novo papel do Brasil no mundo (Obama diz que Lula é o cara, a rainha Elizabeth coloca Lula ao seu lado, vem a Olimpíada). Querem desconstruir o orgulho nacional
Quarto eixo: este aspecto orienta os ataques. Acusam o PT de autoritário, de corrupção. O viés autoritário estaria na realização de conferências nacionais, na atenção ao MST, na defesa dos direitos humanos. A própria realidade vem desmontando esse discurso com as melhorias salariais, da Previdência, fortalecimento do sindicalismo. No caso do PNDH -3 houve aquela histeria sobre suposto autoritarismo” dos movimentos populares. Ou seja, a nova relação, democrática, do Estado com a Sociedade é vista por eles como um crime. No caso das comunicações o cumprimento da legislação é vendido como um assalto à democracia.
"O viés ideológico aqui é inverter as maiores qualidades democráticas para os maiores defeitos do governo Lula. E quando se coloca o PT como o partido mais corrupto, a ideia é nivelar o PT por baixo e assim tentar barrar uma onda vermelha no país, já que o crescimento eleitoral de Dilma favorece o partido em outras instâncias eleitorais. Esse é um movimento que já aconteceu em 2006, estigmatizar o PT com a corrupção e o autoritarismo, esse tipo de ação não contribui para a democracia. São mentiras pré-fabricadas".
Por Oldack Miranda do Blog Bahia de Fato.
Nilmário Miranda, atual presidente da Fundação Perseu Abramo e candidato a deputado federal em Minas Gerais, afirma que o comando de José Serra usa quatro eixos para tentar barrar o crescimento da candidatura de Dilma Roussef.
Primeiro eixo: repetem como um mantra que o governo FHC é “igualzinho” ao de Lula, que as políticas sociais, todas, são de FHC, e que Lula as expandiu “um pouco” porque foi favorecido pela economia mundial. É uma tentativa de responder à proposta do PT de comparar os dois governos e mostrar as diferenças.
“No livro Brasil entre o Passado e o Futuro (co-edição EFPA/Boitempo), o Nelson Barbosa fala que houve uma inflexão na construção de um novo modelo (entre FHC e Lula). Agora são dois modelos distintos, o viés do Estado, a relação Estado-mercado, o fortalecimento do setor público, e o crescimento do mercado interno como estratégia predeterminada, inclusive durante a crise internacional. Existe uma grande diferença entre eles e é evidente que os tucanos não querem que essa diferença apareça, para evitar que os dois projetos apareçam para que o eleitorado se decida. E os jornais, a televisão vão bater nesse ponto dia e noite nos próximos meses”, analisa Nilmário Miranda..
Segundo eixo: vão repetir na mídia que o projeto de Dilma é “estatista”. O objetivo é tentar separar o empresariado da campanha da Dilma. Eles interpretam a Petrobrás, o pré-sal, CEF, Banco do Brasil, BNDES, não como presença do Estado$ como planejador e realizador, mas como o velho estatismo. Mas, o empresariado não está embarcando nessa conversa depois da crise financeira mundial, das taxas de crescimento, da estabilidade.
Terceiro eixo: eles atacam a política externa. Isso é muito estranho porque nunca a política externa foi alçada ao centro da disputa eleitoral. Em 2002 ocorreram debates sobre a ALCA, Mercosul, mas sem este apelo popular. Eles dizem que o Brasil de Lula apóia “ditaduras” como Cuba, Irã, Venezuela. Querem combater com isso o orgulho nacional provocado pelo novo papel do Brasil no mundo (Obama diz que Lula é o cara, a rainha Elizabeth coloca Lula ao seu lado, vem a Olimpíada). Querem desconstruir o orgulho nacional
Quarto eixo: este aspecto orienta os ataques. Acusam o PT de autoritário, de corrupção. O viés autoritário estaria na realização de conferências nacionais, na atenção ao MST, na defesa dos direitos humanos. A própria realidade vem desmontando esse discurso com as melhorias salariais, da Previdência, fortalecimento do sindicalismo. No caso do PNDH -3 houve aquela histeria sobre suposto autoritarismo” dos movimentos populares. Ou seja, a nova relação, democrática, do Estado com a Sociedade é vista por eles como um crime. No caso das comunicações o cumprimento da legislação é vendido como um assalto à democracia.
"O viés ideológico aqui é inverter as maiores qualidades democráticas para os maiores defeitos do governo Lula. E quando se coloca o PT como o partido mais corrupto, a ideia é nivelar o PT por baixo e assim tentar barrar uma onda vermelha no país, já que o crescimento eleitoral de Dilma favorece o partido em outras instâncias eleitorais. Esse é um movimento que já aconteceu em 2006, estigmatizar o PT com a corrupção e o autoritarismo, esse tipo de ação não contribui para a democracia. São mentiras pré-fabricadas".
Por Oldack Miranda do Blog Bahia de Fato.
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