A Rota do Sertão virou a Rota dos Quebra-molas

No ano de 2008 o governo do estado de Sergipe, que tinha como governador Marcelo Déda (PT) fez investimento na ordem de R$ 40,5 milhões na melhoria de 216,5 quilômetros malha viária desde a capital Aracaju até a cidade de Canindé do São Francisco as margens do rio da integração nacional.

Foram beneficiando dez municípios com as obras de pavimentação asfáltica e deu um alento a quem usa a estrada como os turistas e os moradores que utilizam a rota para locomoção de alimentos, animais e para fazer turismo.

As obras beneficiaram desde o Povoado Terra Dura, em Itabaiana, na BR-235, passando também por Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Cumbe, Feira Nova, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo até chegar Canindé de São Francisco.

Passados os anos, ao logo da rodovia foi sendo colocados quebra-molas. E a cada ano aparecem novos. De solução contra a velocidade de automóveis a prevenção contra acidentes, eles foram se transformando em um problema e a vigem que antes era feita em duas horas e vinte minutos, hoje já passa das três horas e meia.

O maior impacto quem sente é o setor do turismo em Canindé, que é um dos principais atrativos e recebe diariamente centenas de pessoas de todo o país para conhecer as belezas dos Cânions do rio São Francisco e se banharem em suas águas.

A informação é de que são mais de 200 quebra-molas ao longo da estrada que passa por Itabaiana. Mas há também a segunda rota dos quebra-molas, é que que saí de Aracaju pela BR 101 e faz o percurso por Nossa Senhora das Dores. Se as contas não estiverem erradas, são mais de 170 obstáculos nas rodovias.

Há casos inusitados como o do Povoado Sapé que tem 4 quebra-molas em um espaço de menos de trezentos metros. Mas a campeã mesmo é a cidade de Nossa Senhora da Glória. Para ser feito o trajeto desde a entrada até a saída em direção a Canindé, os motoristas passam por 20 deles o que aumenta o consumo de combustível e o tempo, além de causar desgaste dos carros.

E pelo jeito, mesmo depois de reclamações feitas por empresários e comerciantes, não há perspectiva de se resolver o problema e para piorar, pode ter mais quebra-molas ao longo deste ano sendo colocados.

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