A hipocrisia humana entre Gaza e Los Angeles

Qual é o preço de uma vida humana? A pergunta que dá inicio a esse texto não é uma novidade, já que ao longo dos séculos muito já foi feita e dependendo a que ela se refere no momento, as respostas variam bastante. É que cada pessoa tem sua própria interpretação.

Veja bem, a Palestina vem sendo atacada a mais de três anos por Israel diariamente e a consequência, como todos já sabem é o assassinato de milhares de crianças inocentes se que as grandes potencias, as religiões mundo a fora tenham feito algo de concreto para parar com a matança.

O erro cometido pelo HAMAS - Movimento de Resistência Islâmica, quando invadiu uma área ocupada por Israel e matou pessoas, não dá o direito aos Sionistas de estarem cometendo um genocídio televisionado. Um erro não justifica ainda maior. E nem vamos discutir a informação de que muitos dos assassinados teriam sido de “fogo amigo”.

A fome está matando crianças na Palestina e os alimentos que tentam levar para suprir as necessidades estão sendo retidos e destruídos por israelenses nas estradas bloqueadas. Não li a notícia durante esses anos de massacre de que um artista de hollyhood tenha se levantado em defesa daquele povo e pedindo ajuda.

Mas agora, depois que destruíram, Gaza, o fogo destrói parte da cidade de Los Angeles nos Estados Unidos. 24 mortos até o momento e a imprensa mundial se deslocou para lá e faz o seu show. Mostram alimentos e vestuários espalhados em uma Praça da cidade e sendo distribuídos aos que precisam. Perfeito! Quem precisa deve ser ajudado.

Até a Gisele Bündchen fez apelo pelos ricaços que perderam suas mansões no incêndio. Mas nunca a vimos pedir pelos desabrigados em enchentes, queimadas e fome no Brasil e muito menos pelas crianças Palestinas chacinadas pelos Sionistas.

Gisele perdeu a oportunidade de ser maior quando milhares de crianças foram e continuam sendo mortas, queimadas vivas em suas casas ou tendas para desabrigados. Ela ficou minúscula, não por defender auxílio para os ricos de Los Angeles, mas por ficar calada quando se precisou de sua voz e imagem.

Junta-se a ela, artistas brasileiros que continuam em silêncio diante do fato de que Israel é hoje um estado nazista.

É profundamente lamentável que muitos se comovam com a tragédia em Los Angeles, enquanto permanecem em silêncio diante da destruição contínua em Gaza e da morte de milhares de crianças inocentes. Essa seletividade na empatia revela uma indiferença perturbadora e uma falha moral em reconhecer a igualdade de todas as vidas humanas. A dor e o sofrimento não têm fronteiras, e é imperativo que nossa compaixão e indignação sejam igualmente distribuídas, independentemente de onde a tragédia ocorra. Ignorar o sofrimento em Gaza enquanto se lamenta por Los Angeles é uma traição aos princípios básicos de humanidade e justiça.

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