A velocidade das notícias publicadas em sites que buscam cliques através de imagens de pessoas mortas nas ruas por editores que não se preocupam com o impacto que elas têm na memória de outras crianças é o retrato de uma sociedade que deixou as páginas do jornal Notícias Populares para invadir programas de Ratinhos e Datenas.
Mas que bom seria, como escreveu o meu amigo Jorge Papapá em um poema que ele transformou em uma bela música, “Tá tudo bem, tá tudo legal/ Deu no jornal que o mal perdeu pro bem...”, “Mas o que eu vejo sempre na TV/ Diariamente leio no jornal/ É um matando outro por prazer/ E quem tem mais querendo sempre mais ter...”
Em 2024, as polícias brasileiras foram responsáveis por 16,5% das mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes no país. No total, foram registradas 4.944 mortes violentas de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, uma média de 13,5 mortes por dia. A taxa de letalidade policial entre jovens de 15 a 19 anos foi 113,9% superior à taxa verificada entre adultos. Esses dados refletem a gravidade da violência policial e a necessidade urgente de medidas para proteger as crianças e adolescentes no Brasil.
Eu, aqui do meu sertão na entrada do Raso da Catarina, onde Lampião e seu bando eram, no passado, notícia constante nos jornais da época, agora podendo ser visto tudo digitalizado, não me conformo com a constância das balas perdidas da polícia de São Paulo sempre acharem crianças para matar.
Que Deus tenha piedade daquele povo que elegeu Tarcísio e Derrite para serem os seus representantes.
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