Na manhã de ontem 09, tão ensolarada em Aracaju e no interior da Apae, a realidade era bem diferente para uma mãe e seu filho que faz tratamento oncológico na unidade, diagnosticado com autismo. Desde as 9h30, a mãe do paciente aguardava por um transporte que deveria levá-los de volta à cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe. No entanto, as horas se arrastaram em um silêncio angustiante, interrompido apenas por tentativas frustradas de contato com o motorista via ligação telefônica e que deveria cumprir a rota.
Infelizmente, esse não é um caso isolado. Segundo a mãe, atrasos recorrentes têm se tornado uma triste rotina no transporte de pacientes da Apae. O sistema de saúde, que deveria zelar pela dignidade e pelo bem-estar dos pacientes, acaba acentuando ainda mais o sofrimento de crianças que já enfrentam desafios extremos em suas vidas. “As crianças que têm tratamento oncológico e aquelas com necessidades especiais necessitam de cuidados e respeito. Precisamos de um tratamento mais humano”, completa a mãe, refletindo a dor e o desamparo que muitas outras famílias sentem.
O transporte de pacientes não é apenas um serviço logístico da prefeitura de Canindé; é um elemento essencial que pode impactar diretamente a saúde e o bem-estar das crianças. É inaceitável que pequenos heróis, que enfrentam batalhas tão duras, continuem a ser deixados à mercê de atrasos e descaso.
Esse relato não é apenas uma crítica, mas um apelo à responsabilidade dos serviços de saúde da cidade. As vozes que clamam por atenção e dignidade precisam ser ouvidas. Todo paciente merece respeito e um tratamento que considere sua individualidade e suas necessidades.
Esta história é um lembrete de que, por trás das estatísticas, existem vidas e histórias que merecem a atenção e carinho. As crianças e suas famílias esperam não apenas transporte, mas compreensão e humanidade. É hora de transformar essa espera em algo mais profundo: um compromisso coletivo com um cuidado digno e respeitoso para todos
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