Jerônimo Rodrigues (BA), Raquel Lyra (PE), Fábio Mitidieri
(SE) e Paulo Dantas (AL) aparecem nas rodas de conversa como atores
estratégicos, cada um com ativos específicos. Jerônimo carrega o capital
político de uma máquina estadual consolidada; Raquel, o perfil moderado capaz
de dialogar com diferentes espectros, Mitidieri e Dantas, a vantagem de serem
novatos com margem para crescer sem desgaste acumulado.
Mas, na prática, a presença do Nordeste na conta de Lula não
se limita a nomes. Passa por obras e investimentos que possam ser entregues até
meados de 2026, duplicações de rodovias, expansão de programas sociais, pacotes
de crédito agrícola e infraestrutura portuária. Essas entregas funcionam como
combustível eleitoral, fortalecendo aliados e fragilizando adversários.
Nos bastidores, interlocutores avaliam que Lula não busca
apenas um sucessor, mas um arranjo de forças que blinde o projeto em diferentes
frentes. O Nordeste, com seu peso eleitoral e capacidade de mobilização, segue
como o território onde se decide mais do que votos: decide-se o rumo da
narrativa nacional.
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