Especialistas em comunicação política apontam que a disputa não é apenas por curtidas ou retuítes, mas pela construção da memória coletiva. “Quem define o enredo, influencia a história que vai ficar para o futuro”, explica um pesquisador da UFBA. E é nessa frente que o Planalto intensificou ações, com equipes dedicadas a responder ataques coordenados e ampliar a visibilidade de pautas como programas sociais, obras de infraestrutura e acordos internacionais.
A máquina de boatos, alimentada por interesses eleitorais e
econômicos, ainda encontra terreno fértil em grupos fechados e plataformas
menos fiscalizadas. Mas, pela primeira vez em anos, comunicadores do governo e
aliados nas redes afirmam que há reação estruturada, com conteúdo informativo
que fura bolhas e dialoga com públicos diversos.
Na prática, isso significa que um anúncio sobre expansão do
Minha Casa, Minha Vida ou sobre investimentos em energia limpa chega com mais
rapidez ao cidadão comum, disputando espaço com as fake news que antes
dominavam sozinhas. O resultado já aparece em pesquisas internas, mais gente
lembrando de ações do governo e associando o conteúdo a melhorias concretas no
dia a dia.
Enquanto a guerra digital esquenta, a sensação nos
bastidores é de que o teclado pode, sim, ser tão poderoso quanto a urna. E,
neste momento, Lula quer garantir que o Brasil escreva sua história no plural,
sem deixar que a narrativa vire refém de quem só pensa em likes e caos.
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