O Ministério da Saúde reagiu com números e enfatizou mudanças estruturais. Desde 2023, o programa passou a priorizar médicos brasileiros com CRM ativo, seguido de brasileiros formados no exterior e, por último, estrangeiros para vagas remanescentes. Hoje, são 26.414 médicos em atividade, dos quais apenas 10% são cubanos. A atuação se espalha por 4,7 mil municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, cobrindo territórios que historicamente ficaram sem atendimento.
No Nordeste, especialmente na Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, 643 médicos cubanos somam-se a milhares de brasileiros para garantir o funcionamento da rede de atenção básica. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o programa em evento no Recife: “O Mais Médicos salva vidas e é aprovado por quem mais importa: o povo brasileiro. Saúde e soberania não se negociam”.
Para o governo, o redesenho da iniciativa fortalece a
capacidade nacional, reduz dependências externas e mantém a cobertura onde o
mercado não chega por conta própria. Na prática, significa estabilidade para
comunidades vulneráveis, independentemente de tensões diplomáticas. Ao manter
editais abertos e ampliar equipes multiprofissionais, Brasília envia um recado
duplo: a política de saúde é prioridade de Estado e o atendimento básico não
será refém de disputas geopolíticas.
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