O Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) entra na campanha da Secretaria
de Cultura do Estado (Secult-BA) com o objetivo de solicitar que agentes,
espaços, grupos e instituições culturais baianas façam ou atualizem seus
cadastros no site siic.cultura.ba.gov.br/cadastro. Para reforçar essa
convocação, artistas, produtores, líderes religiosos e coordenadores de
entidades ligados à memória e ao patrimônio baiano material e imaterial
estarão, ao longo do mês de junho, incentivando seus parceiros culturais a
clicar e preencher os dados do cadastro, por meio das redes sociais do IPAC e
seus museus.
Autoexplicativo, o SIIC é um sistema previsto na Lei
Orgânica da Cultura nº 12.365/2011, e tem como proposta subsidiar as ações
culturais públicas e privadas, além de reunir e disponibilizar dados e
informações culturais envolvendo pesquisas e estatísticas, cadastro cultural e
fomento à cultura. É preciso aceitar o termo de compromisso e incluir no
formulário dados como pessoa física ou jurídica e cadastrar endereço
eletrônico. Mas, se o agente tiver alguma dúvida, basta enviar email para Cultura ou ligar para o número (71) 99688-1460.
Conforme explica o diretor geral do IPAC, João Carlos de
Oliveira, o Cadastro Cultural possibilitará o acompanhamento e planejamento de
propostas fomentadas pela Secult-BA. “As raízes culturais de um povo são a
afirmação de sua identidade e pertinência. Neste sentido, é primordial que nós,
gestores da Cultura, tenhamos conhecimento de onde os diversos agentes estão,
quem são, e poder manter viva as próprias origens na memória de nossas
gerações”, disse.
Para Walmório André do Rosário, presidente do Grupo
Folclórico Cultural Zambiapunga, que tem 35 anos de fundação, os integrantes
sentiram forte impacto da pandemia sem a realização da tradicional manifestação
folclórica de Nilo Peçanha. “Estamos passando por uma situação muito
complicada, principalmente a nível financeiro. Precisamos pagar nossas contas
de manutenção da sede, e sem as apresentações que fazemos quando viajamos,
todos os componentes do grupo estão numa situação difícil. Vamos fazer o
cadastro e torcer para que tudo isso passe logo. Na verdade, o que a gente mais
quer é fazer Cultura”, declara o presidente.
Na mesma situação estão entidades culturais atuantes no
Centro Histórico de Salvador. É o que atesta Jussara Santana, produtora
cultural e ativista da Associação Cultural Aspiral do Reggae e Casa Cultural
Reggae. “O mês de maio, por exemplo, dedicado ao reggae, era o período que mais
trabalhávamos. Hoje, a nossa classe artística está sofrendo muito,
principalmente os artistas de médio e pequeno porte ligados à cultura negra. O
cadastro da Secult será de grande importância para que as políticas culturais
cheguem a todas e todos que produzem cultura”, destaca a produtora.
Prazo
Não há um prazo definido para o encerramento do Cadastro
Cultural, mas, conforme alerta a museóloga e coordenadora de editais do IPAC,
Ana Cristina Coelho, os agentes e instituições culturais precisam estar
mobilizados e engajados para a campanha. “Temos quase 220 espaços museais
mapeados na Bahia. Daí a importância das nossas instituições museológicas e
associações voltadas à preservação do patrimônio cultural que atuam nos
Territórios de Identidade realizarem seus cadastros e, as que já possuem,
atualizarem. Isso possibilitará o conhecimento de informações que contribuirão
para o desenvolvimento de pesquisas, planejamento e avaliação de políticas de
cultura”, reforça a museóloga.
“O cadastro cultural é a oportunidade que temos de fazer com
que aqueles que constroem a cultura da Bahia, como a pessoa física ou jurídica,
rural ou urbana, tradicional ou contemporânea, do material ao imaterial, possam
acessar as políticas públicas do nosso Estado”, complementa Orley Silva,
superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura.
Sobre o Cadastro Cultural
Dúvidas aqui ou (71)
99688-1460.
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