JANGO E EU – MEMÓRIAS DE UM EXÍLIO SEM VOLTA. (Por Oldack Miranda)

SEXTA-FEIRA (26/05) FILHO DE JOÃO GOULART LANÇA EM SALVADOR “JANGO E EU – MEMÓRIAS DE UM EXÍLIO SEM VOLTA".

Dia 26, sexta-feira, às 17h30, João Vicente Goulart, filho do presidente Jango, deposto pelo golpe militar de 1964, no Museu de Arte da Bahia (MAB), Corredor da Vitória, lança o livro “Jango e Eu – Memórias de um Exílio sem Volta”. Ãs 19h30 acontece o debate sobre “Justiça de Transição
“. Além do autor, farão parte da mesa o advogado Luis Vianna Queiróz, president da OAB/Bahia e o jornalista Emiliano José. O lançamento é uma promoção conjunta entre o Sindicato dos Bancários, Grupo Tortura Nunca Mais e Museu de Arte da Bahia.
ENTREVISTAS COLETIVA - Na mesma sexta-feira, pela manhã, às 9h30, João Vicente Goulart concede entrevista coletiva na sede do Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM), que fica no Pelourinho, rua João de Deus, 32, próximo ao Centro Cultural Solar do Ferrão. Mais informações através dos emails jovinianoneto@hotmail.com ou gtnmba.bahia@gmail.com (fone 71 9 9961 8069) ou ainda com Diva Santana santanadiva13@gmail.com (71 9 8735 5002).
LEMBRANÇAS DO EXÍLIO - A obra, editada pela Civilização Brasileira, tem prefácio de Tarso Genro, que manifesta grande admiração por João Goulart, “um grande proprietário de terras e o prsiente mais avançado, mais democrático, mais à esquerda e mais tolerante de todo o século XX”. Tarso Genro fala com conhecimento de causa. Em 1972, exilado da ditadura militar do Brasil, permaneceu por quase trinta dias na fazenda de Jango, no Uruguai. Quase 40 anos depois, como ministro da Justiça, assinou a anistia de Jango, em pleno Congresso Nacional da OAB.
João Vicente Goulart tinha sete anos quando ele e sua irmã Denise foram levados pela mãe, Maria Theresa Goulart, para o Uruguai. Ele se concentra no periodo que vai de 1964 a 1976, aqueles 12 anos de calvário na vida da família. Com o golpe no Uruguai, a família vai para Argentina, depois Paraguai. No Uruguai, João Vicente aos 16 anos é preso, interrogado, torturado, acusado de ligações com a guerrilha.
Na Argentina, com a morte de Peron, a ditadura torna o exílio insuportável. Vai estudar em Londres, depois de uma temporada na França. Em 6 de dezembro de 1976, em Londres, João Vicente recebe a notícia da morte do pai. São lembranças terríveis, o exílio nunca é fácil. Mas, a reconstrucão da vida é fascinante.
João Vicente é fundador e presidente do Instituto João Goulart. Foi deputado estadual (1982-1986) e integrou o Conselho de Acompanhamento da Sociedade Civil, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Em 1998 presidiu o Instituto de Terras do Rio de Janeiro, a convite do ex-governador Leonel Brizola.

Por Oldack Miranda.

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