Nós perdemos. E agora?


A minha infância e as lições pra vida. Dos ditos populares que a minha mãe adorava esfregar nas nossas caras, minha e de meus irmãos, uma delas está gravada na memória. Eis ela, “as quedas do dia-a-dia, nos ensina a levantar e vencer”. Quase sempre isso ocorria quando ela via algum de nós chorando por perder eleições. Hoje já acostumado com derrotas, é da democracia, não derramo mais lagrimas. É da vida!

Vejam que ontem, já no meio da tarde, eu lia algumas postagens em redes sociais de jovens ainda acreditando que o povo iria vencer. Preocupado, resolvi logo exorcizar de dentro de mim, qualquer pensamento que levasse a imaginar, por um único momento, que aconteceria. Fui ao Twitter, na minha conta, e avisei que a derrota viria e não devíamos nos enganar.

Eu aprendi que é sempre melhor assumir a dor que ficar sofrendo com ela!

Pois é, nós perdemos, e agora?

Em conversa com o Deputado estadual Durval Ângelo do PT de Minas Gerais, ouvi dele a seguinte opinião quanto a esse momento que vive o Brasileiro, “esse resultado era esperado. Se alguém tinha dúvida a respeito dos votos do Temer para assumir a presidência da república, ontem com um parecer do Aécio, do PSDB, com a articulação do Aécio, o Temer ganhou de alguma forma a aparência de legalidade para ser presidente”. Com a aprovação no plenário da Câmara de “uma corja, de uma quadrilha”.

A tal legalidade, ao custo de muito dinheiro negociado nos dias que antecederam a votação e no próprio plenário, ontem, disse Durval, “hoje ele está eleito, eleito pelo Aécio, eleito pelo PSDB, por aqueles todos que estão envolvidos com a corrupção no Brasil. Hoje ele é legitimamente o presidente da corrupção e dos corruptos no Brasil”.

Mas nada está perdido para os que acreditam que a democracia retornará ao Brasil. Em breve toda a bandidagem instalada no Congresso Nacional será testada nas urnas e será a hora do povo dizer o que quer mesmo para o pais. A atriz Tássia Camargo, acredita que houve uma derrota momentânea, “perdemos ontem. Mas isso não significa que a gente vá perder a guerra”. Ela ainda disse que por ser muito otimista, acredita que logo as forças populares irão retornar ao poder com uma nova configuração de forças, onde a esquerda não precise ter que fazer acordos com aqueles partidos que estão participando hoje do Golpe. Mas para que isto não aconteça, em 2018 a população tem que eleger, não empresários, mas sim candidatos ligados aos movimentos populares e partidos de esquerda.

Durval ainda destacou o que acha que deve ser feito agora, “nós temos que fazer o que somos bons. Ir para a base, organizar o povo e preparar uma resposta nas eleições do ano que vem. Elegermos um número grande de deputados federais. Fazermos aliança e parceria como o movimento popular organizado e reelegermos Lula para Presidente do Brasil e trabalharmos as nossas candidaturas aos governos dos estados. Agora é, pela base, construindo um caminho novo, investindo na organização e na luta. E principalmente, tentar barrar a continuidade da quebra dos direitos no congresso nacional. A luta hoje tem que ser com Lula em 2018 para que a gente volte a ter direitos e para evitar que continue essa ação devastadora desse presidente de quadrilha”.

O momento não é de abaixar a cabeça. A hora é de enfrentamento direto para denunciar os crimes que estão sendo cometidos contra os direitos do povo Brasileiro. A luta é eterna para quem quer vencer dignamente na vida!


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