Uma canetada de Temer e lá se foi a reserva Nacional do Cobre, a Renca, área maior do que a Dinamarca, localizada entre o Pará e o Amapá.
Muita gente indignada está se perguntando: por que, em pleno século 21, em plena região Amazônica, o governo do Brasil toma uma decisão tão absurda, na contra-mão da história e dos interesses do país?
A resposta é óbvia e revoltante. Desde o golpe que alçou Temer e sua corja à presidência da República, o Brasil está dominado por interesses econômicos nacionais e internacionais.
A missão de Temer é preparar o terreno para que esses grupos econômicos possam explorar as riquezas e a força de trabalho dos brasileiros com o mínimo de esforço e o máximo de lucro.
Desproteção da Amazônia, reformas trabalhista e da previdência, liberação da venda de terras para estrangeiros, incentivo à violência no campo, abandono da educação, descompromisso com o desenvolvimento cultural dos brasileiros e entrega da soberania nacional são algumas das etapas da operação de transformar o país em um grande parque temático neoliberal, sem direitos sociais, nem soberania.
A cobiça sobre as riquezas amazônicas é enorme. Sabemos que tudo no governo ilegítimo de Temer se converte em negócio. A Amazônia se tornou moeda de troca para agradar ruralistas, mineradoras, madeireiros e grileiros de terras, que dão sustentação a Temer.
Imagine as tenebrosas transações que estão ocorrendo para atender aos interesses do capital sedento por explorar uma das regiões mais ricas do planeta.
Leio nos jornais que mineradoras canadenses sabiam da extinção da Reserva Renca cinco meses antes de Temer assinar o decreto que abriu a região para a exploração mineral por grupos privados.
O ministro das Minas e Energia foi lá no Canadá anunciar a boa nova, dar uma satisfação aos interessados nas jazidas de ouro e outros metais preciosos da reserva Renca.
Já aos brasileiros, aos indígenas cujas terras estão sendo usurpadas, nenhuma satisfação, nenhum diálogo, nenhuma informação.
O decreto que extinguiu a Reserva Renca foi assinado por Temer na surdina, na base da gestão autoritária, que vem caracterizando a forma como o golpe opera em todas as áreas, saqueando riquezas e usurpando conquistas dos brasileiros.
Temer, mordomo empertigado, lacaio fiel, está entregando o Brasil na bandeja, nos fazendo retroceder a tempos de horrores como os vividos no ciclo do ouro 400 anos atrás.
Inspirado pelo ideário neoliberal do PSDB, o temerário está trocando soberania por vassalagem consentida. Brasil, colônia do século 21, que tem na própria elite os capatazes mais eficientes e leais aos colonizadores.
Precisamos deter o avanço do golpe. Precisamos defender nossos direitos sociais, nossas terras, nossas riquezas, nossa cultura, nossa gente. Chega de retrocesso!
O Brasil precisa de uma conjuração popular. De uma conspiração, uma revolta, um verdadeiro grito de independência.
Um BASTA!
Este movimento libertador está fermentando nas ruas, nos corações. Quando entrar em ebulição, os golpistas que se segurem. A reação vai ser forte.
Vamos fazer uma revolução da qual nascerá um Brasil totalmente novo, erguido e reconstruído por nós e para nós, povo brasileiro.
Por Juca Ferreira.
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