Um software desenvolvido pela Secretaria da Administração do
Estado (Saeb) compara notas fiscais eletrônicas emitidas por empresas privadas,
órgãos públicos e pessoas físicas de todo o país e permite criar uma referência
de preços rápida, transparente e competitiva para as licitações públicas,
economizando entre 10% e 22% nas despesas. Vencedor do 21º Concurso Inovação da
Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o programa Banco de Preços é
resultado de parceria entre os Governos da Bahia e do Amazonas.
“A ideia surgiu a partir de uma iniciativa do secretário da
Fazenda, Manoel Vitório, que sentiu a necessidade de ter uma maior
confiabilidade em relação aos preços dos produtos e dos itens que o Estado da
Bahia comprava. Apesar de a gente já ter boas práticas nesse sentido, ele
vislumbrou a possibilidade de consultar a base de dados de notas fiscais
eletrônicas para realmente confirmar como esses preços estão sendo praticados
no mercado externo para os entes públicos e também para as entidades privadas”,
explica o coordenador de projetos de inovação da Saeb, Anderson Prazeres.
O Banco de Preços nasceu a partir de um benchmarking,
estratégia para melhorar as funções e processos de uma determinada empresa.
“Nós tivemos notícia de uma boa prática de consulta de preço do Governo do
Amazonas e a nossa solução foi obtida a partir de um termo de cooperação
técnica que foi firmado entre o Estado da Bahia e o do Amazonas. A partir deste
código que nos foi cedido, toda a solução foi melhorada”, acrescenta Prazeres.
Todo o processo de pesquisa é eletrônico, sem gasto de
papel. Desde que foi implantado na Saeb, o Banco de Preços já ajudou a
economizar R$ 36 mil por ano apenas com copos descartáveis. No caso do café
torrado e moído, o preço da unidade caiu de R$ 6,88 para R$ 4,52, gerando uma
economia anual de quase R$ 500 mil. “A vantagem de ter o melhor preço é saber
como o mercado está se comportando em relação a cada item. O Estado pode cotar
um produto que não tem o costume de comprar e outro que compra toda semana.
Você vai de um extremo a outro”, avalia o coordenador.
Antes, o trabalho de comparação de preços era feito por meio
de cotações a diversos fornecedores ou através de um contrato que o Governo do
Estado mantém com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A cada três meses, a
instituição disponibiliza um relatório com cerca de mil itens, com os preços
praticados no mercado para cada produto. “Mas isso nos limita a mil itens, e
nosso catálogo hoje é de cerca de 51 mil itens”, destaca Prazeres.
Foto: Paula Fróes/GOVBA.
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