Os anos eram os da década de
50. E nos Estados Unidos surgia um novo som que embalava os negros e só depois
caiu nas graças dos brancos e conquistou o mundo. Muita loucura já foi feita em
nome do som que embalou tantas gerações e com ritmos diversos com o nome de
Rock In Roll. Quem muito pesquisou saberá que o som nasceu da mistura do country,
o gospel e do blues americano.
Quem primeiro fez o brasileiro
ouvir o barulho vindo das guitarras elétricas foram Roberto e Erasmo Carlos.
Com eles as meninas eram “um papo firme”. Época da Jovem Guarda onde os gritos
das garotas aconteciam muito mais pelas calças apertadas, os cabelos longos e as
declarações de amor nas letras das músicas.
No final dos anos 60 alguns
baianos criam o movimento tropicalista, era a Tropicália, misturando o som nacional com o que
vinha do estrangeiro. Caetano Veloso e Gilberto Gil foram os nomes mais
representativos deste movimento. Já em 66, surgem Os Mutantes, com a novata
Rita Lee nos vocais. Com um som psicodélico e influências da banda Pink Floyd. Neste
caminho, em 1973 aparece a Casa das Maquinas. Uma das melhores que o Brasil já
produziu. Depois de darem um tempo, a banda retornou aos palcos no festival
Psicodália e está em atividade desde então.
Mas a maior popularidade desse
ritmo contagiante aconteceu mesmo nos anos 80, com o Barão Vermelho, Paralamas
do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Capital Inicial e tantas outras que modificaram
as letras. Antes contavam elas contavam histórias de amor. Mas influenciadas pelas canções
de protestos da turma da MPB, como Chico Buarque e Geraldo Vandré, criaram obras primas como “Brasil” de Cazuza,
George Israel e Nilo Romero. “Que país é esse” de Renato Russo. A juventude foi
contagiada pela rebeldia das letras e foram as ruas de “Caras Pintadas” pedindo
o Impedimento do então Presidente Fernando Collor de Mello. A rebeldia estava
no ar.
Passados os anos, os
representantes atuais do Rock Tupiniquim estão apartados da realidade. Muitos,
como Lobão (saudade de sua rebeldia quando ele era Roqueiro), Capital Inicial
que se tornou uma banda comercial qualquer. E na semana passada, só para
mostrar que o Rock errou, Samuel Rosa e sua trupe do Skank foram abraçar a Lava
Jato. Tiraram, fotos com o juiz Sérgio Moro, poucos dias antes do mesmo ter um
amigão denunciado por vender facilidades aos presos na operação.
A rebeldia, as letras políticas,
as frases de contestação ficaram para trás. Estes roqueiros estão de braços
dados com o mais fácil. Buscam visibilidade onde menos se espera daqueles que
fazem este tipo de som. E o pior, foram defensores do Golpe político jurídico
contra a Presidenta Dilma Roussef.
Como dito antes, o Rock Errou
e feio!
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