Extintas da natureza há 20 anos, 52 aves da espécie
Cyanopsitta spixii, as ararinhas-azuis, retornam ao seu habitat de origem, no
município de Curaçá, na Bahia. As aves chegaram da Alemanha hoje (3), no Dia
Mundial da Vida Selvagem, que tem como objetivo celebrar a fauna e a flora e
alertar para os perigos do tráfico de animais selvagens no mundo.
O secretário estadual do Meio Ambiente (Sema), João Carlos
Oliveira acompanhou de perto a repatriação das ararinhas-azuis. “O retorno das
aves ao bioma caatinga representa o resgate, o sonho e a esperança. A Sema e
Inema vão atuar na fiscalização do entorno da Área de Proteção Ambiental, não
só por conta das ararinhas, mas para coibir o tráfico de outras aves, como o
papagaio”, destaca o secretário.
Também estiveram presentes o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles; o presidente do ICMBio, Homero Cerqueira; o presidente da
instituição alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP),
Martin Guth; o coordenador regional do Inema, Anselmo Vital e diversos técnicos
dos órgãos ambientais.
Do Aeroporto de Petrolina, as aves foram encaminhadas para o
Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, construído em Curaçá e que possui
aproximadamente 30 mil hectares. As espécies passarão por um processo de
adaptação e treinamento para viverem em liberdade na Área de Proteção Ambiental
da Ararinha-Azul, que conta com 90,6 mil hectares. As unidades de conservação
foram criadas pelo Governo Federal e a construção do Centro e o projeto de
reintrodução são custeados pela ONG ACTP. A primeira soltura está prevista para
2021.
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