Artistas BAIANOS e NORDESTINOS são destaque no MAM-Bahia



Artistas soteropolitanos, baianos e nordestinos estão sendo destacados por visitantes da exposição ‘O Museu de Dona Lina’ aberta gratuitamente até 19 de dezembro (2021) no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia), de terça a domingo, das 13h às 17h. São autores de obras modernistas e contemporâneas dialogando com obras da Arte Popular. Dentre eles, os baianos Antônio Rebouças, Calasans Neto, Chico Liberato, Juraci Dórea, Sante Scaldaferri e J. Cunha. Além de obras dos igualmente baianos Marepe, Jamison Pedra, Ieda Oliveira e Maxim Malhado. A lista continua com Ramiro Bernabó, Yedamaria, Mário Cravo Jr., Betânia Vargas e Leonel Mattos, dentre outros.

A exposição também contempla artistas que adotaram a Bahia como local de moradia e produção de arte, radicados em Salvador em gerações distintas, como Carybé, Hansen Bahia e Iuri Sarmento. Já artistas de outros estados da região Nordeste fazem suas presenças, como os nordestinos Cícero Dias, Aldemir Martins, Francisco Brennand, Vauluizo Bezerra e Vicente do Rego Monteiro. Todos esses com obras do Acervo permanente do MAM e integrantes da atual exposição. Essas obras dialogam com a Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi sob guarda da Diretoria de Museus do IPAC. São obras do Mestre Vitalino, Maria Pompéia, Manuel Edócio, José R., Zé Caboclo e até grandes carrancas em madeira que pesquisadores garantem ser do famoso Mestre Guarany. E todos têm em comum o nascimento no Nordeste.

“Assim como era um desejo de Lina colocar no mesmo patamar os artistas populares e eruditos, nós do MAM-Bahia prestigiamos especialmente nessa exposição artistas nordestinos, baianos e os que escolheram a Bahia para viver e produzir arte”, ressalta o gestor cultural e diretor do MAM, Pola Ribeiro.

SERTÃO, RECÔNCAVO e LITORAL – Além dos artistas, Bahia/Nordeste estão presentes e são traduzidos na curadoria que criou recortes na exposição: “No espaço expositivo da Capela do MAM, propomos um resgate de sua inerente relação com o sagrado, abrigando obras com temáticas religiosas do acervo nordestino de Arte Popular”, relata o curador Daniel Rangel. Já o espaço expositivo do Casarão, segundo ele, mantém sua função de elo espacial, conectando distintas regiões da Bahia: o litoral, o Recôncavo, o interior e o sertão. Todas, sessões que traduzem as realidades dos estados nordestinos.

“São aproximações formais entre os trabalhos, independente do tempo e espaço em que foram produzidos, criando uma colcha de retalhos pictórica de uma outra possível leitura histórica com relação à produção artística brasileira, já que temos também muitos artistas de outras regiões do país, como Tarsila do Amaral, Bob Wolfenson, Marcelo Grassmann, Efrain Almeida, Oswaldo Goeldi e muitos outros”, conclui Daniel.

OFICINAS do MAM – Ainda na perspectiva da visibilidade dos nordestinos as Oficinas do MAM-Bahia 2021 priorizaram a ‘prata da casa’ com artistas como Vauluizo Bezerra, Iêda Oliveira, Francisco Barretto, André Bahiense e Thiago Moreira na sua primeira etapa que começou em julho deste ano (2021) sendo recorde de público interessado com mais de 1.000 pessoas inscritas.

Nas inscrições iniciadas em setembro/2021 foram convidados os também baianos J. Cunha e Maxim Malhado. Cunha com a oficina ‘Processos Criativos em Cenografia, Pintura e Desenho’ e Maxim com ‘Processos Criativos ...canteiro de obras... instalações’. E em outubro/2021, na terceira etapa, abriram-se novos cursos com o fotógrafo Christian Cravo, a professora da EBA/UFBA e doutora em artes visuais, Anna Paula da Silva, o historiador Diego Azevedo, a game designer Silvani Neri e a museóloga e especialista em conservação, Sandra Regina. Todas as informações estão no site Oficinas do MAM.

DEZEMBRO e ENTRADA GRATUITA – “Até o início de dezembro/2021 devemos inaugurar o ‘Espaço Lina Bo Bardi’ como sala permanente dedicada a ela, e o ‘Espaço Unhão’ que abordará este antigo local que é utilizado por mais de 400 anos”, adianta o diretor Pola Ribeiro. O Espaço Lina terá exposições, ações educativas e outras atividades do museu que dialoguem com as ideias da arquiteta. A ítalo-brasileira Lina foi uma apaixonada pelo Nordeste e pela Bahia, além de criadora e primeira diretora do MAM. Em 2022 será entregue o Parque das Esculturas.

O MAM-Bahia fica na Avenida Contorno s/n°, no Solar do Unhão, na capital baiana, e é um dos principais pontos turísticos da cidade. A entrada e o estacionamento (capacidade p/mais de 50 veículos-passeio) são gratuitos. Mais informações atualizadas: www.mam.ba.gov.br, nas redes sociais (instagram e facebook) do museu ou via telefone (71) 31176132 (9h às 12h e das 13h às 15h). O MAM-Bahia é um equipamento da Secretaria de Cultura do Estado, através do IPAC.


Em 18.10.2021, Assessoria de Comunicação – MAM

Geraldo Moniz de Aragão (1498-mte.ba)

geraldomoniz.mam@gmail.com, 071 99102.7394

Foto Obras de arte: Catarina Brandão.

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