Quando se pensa em
privatização, venda do patrimônio público a empresas estrangeiras, logo nos faz
lembrar da era FHC. Foi durante o seu governo que várias empresas brasileiras
foram vendidas, literalmente, a preço de banana aos “amigos” e com o nosso
próprio dinheiro.
Pois agora, com Temer, a
receita da venda das estatais retornou com força.
Vejamos o caso da Chesf –
Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Um símbolo de prosperidade para o
Nordeste e que agora, está na mira de ser vendida.
A empresa trabalha com a
produção de eletricidade. Ela usa as águas do Rio São Francisco para este fim. E
é conhecido como o “rio da integração nacional”. Esse título se dá ao fato de
suas nascentes começarem no estado de Minas Gerais, mais precisamente na Serra
da Canastra, no município de São Roque de Minas e desagua no mar, entre os
estado de Alagoas e Sergipe. Como diria o Paulo Henrique Amorim, “é uma
maravilha”.
Pois bem! É esse patrimônio que
o presidente Michel Temer, com só 3% de aprovação, quer passar para frente. A
venda da Chesf, subsidiária do setor Eletrobrás, é o início da privatização do
rio que sustenta boa parte da nação brasileira. Com pressa, o governo anuncia
que já no primeiro semestre de 2018, venderá todas que forem ligadas ao sistema
Eletrobrás.
E para tristeza dos
nordestinos, é um, o ministro das minas e energia, Fernando Bezerra Coelho
Filho, quem está querendo vender esse patrimônio. Ele já comercializou o
Présal, acabando com a possibilidade do Brasil vir a ser autossuficiente no
petróleo e seus derivados. Agora no caso do sistema elétrico, o governo diz que
nem de autorização do congresso precisaria para vender. Ou seja, vai ser da
forma que eles acharem melhor.
Enquanto isso, é com
tristeza que vejo a mobilização dos eletricitários na defesa da Chesf. As
“manifestações” são acanhadas. Realizadas em salas com ar-condicionados de
Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. Elas não empolgam a população
como um todo. Está faltando, por parte deles, a convocação do povo para ir às
ruas em defesa do patrimônio público brasileiro, dos empregos e do rio São
Francisco.
A história da Chesf se
confunde com o desenvolvimento do Nordeste. Vender a Chesf, que distribui
energia para oito estados da região, é trair de morte seu povo. É querer apagar
o esforço que foi feito de uma região em busca do seu desenvolvimento. Como bem
falaram na canção, Luiz Gonzaga e Zédantas: “Delmiro deu a ideia. Apolônio Aproveitô. Getúlio fez o decreto. E Dutra
realizô. O presidente Café. A usina inaugurô. E graças a esse feito. De homens
que tem valô. Meu Paulo Afonso foi. Sonho, que já se concretizô".
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