Pela porta dos fundos (Por Gustavo Conde)


Fabiano Leitão, o TromPetista, relata que, hoje, pela primeira vez, o inominável saiu pela porta dos fundos do Planalto - pois só havia 3 pessoas o esperando no cercadinho do horror. 

O panelaço de ontem foi forte - simbólico, porque é a classe média histérica tutelada por nossas elites - e a situação deste miliciano com problemas mentais não tem  mais como não piorar. 


O exército digital de mentiras está em crise financeira e conjuntural. Bolsonaro desapareceu das manchetes, virou assunto secundário e passa a ocupar o lugar de saco de pancada digital. 

Seu primeiro escalão começa a ser desfalcado por causa do coronavírus e ele próprio é o candidato mais óbvio a ser afastado pela doença, já que interagiu com todos os infectados. 

Bolsonaro não vai cair, ele vai apodrecer e ser chutado para o lado. É uma espécie de 'café-com-leite', um idiota racista com quadro de demência. 

É tão inimigo da população quanto o coronavírus neste momento (ele é um coronavírus ambulante, que causa medo e morte). 

[Neste exato momento, Fabiano Leitão me liga e acrescenta: Bolsonaro mudou o protocolo de saída do Planalto: comboio de quatro carros e uma ambulância saiu de maneira espaçada, uma pessoa de cada vez. Quando perceberam que  não havia ninguém no cercadinho da imprensa, recuaram e saíram pelos fundos].

Destaque-se que nenhum veículo de imprensa noticiou essa mudança de protocolo da comitiva presidencial de hoje, que é a grande notícia. 

Concluindo: resta saber o que será o day after de Bolsonaro, que se aproxima. É um dilema, porque o apodrecimento e pisoteamento dele coincidirá com o agravamento da pandemia no Brasil. 

Os brasileiros estão exaustos de tanta mentira e tanta violência. Os mais fanáticos se resumem àqueles gados pingados de domingo, o percentual sempre demente de toda e qualquer população (não é tanta exclusividade do Brasil). 

Esse vírus é lição amarga, mas necessária. Porque o vírus não sofrerá impeachment. Ele vai permanecer para todo o sempre. O que teremos mais adiante é uma vacina. 

É exatamente isto que temos de pensar com relação a Bolsonaro. O bolsonarismo vai continuar, mas precisamos também encontrar uma vacina para ele. 

Essa vacina existia. Chamava democracia. 

Mas, brincamos com ela e essa doença do século 19 chamada Bolsonaro voltou. 

Tenhamos serenidade, mas tenhamos coragem. Chegou a hora de acertarmos as contas com golpistas, traidores e bandidos comuns que habitam a política. 

Eles vão querer surfar na onda de combate ao coronavírus para se camuflarem mais uma vez e nos contaminarem mais adiante. 

Mas, a ironia, é que desta vez, combater um vírus perigoso está atrelado a combater a mentira dos fanáticos imbecis.

Oxalá, nos livremos dos dois.

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