Topa completa 10 anos com sessão especial na Alba

 

O programa Todos pela Alfabetização (Topa) completou 10 anos e ganhou Sessão especial “Gente que faz o TOPA!”, nesta sexta-feira (04/08), na Assembleia Legislativa da Bahia. A cerimônia foi uma iniciativa da secretaria de Educação e da deputada estadual, Neuza Cadore pelos 10 anos do programa que atende pessoas analfabetas acima de 15 anos. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, foi um dos homenageados, assim como o atual secretário de Educação, Walter Pinheiro e os ex-secretários, Osvaldo Barreto e Adeum Sauer, que lançou o Topa.

"Eu me orgulho de ter inaugurado este programa e hoje comemoramos os 10 anos do Topa com resultados muito importantes. Essa caminhada é absolutamente necessária para dar cidadania e dignidade a nossa gente", afirma Wagner. O secretário lembra que é preciso fazer um esforço maior para atingir o objetivo que é zerar ou chegar a números muito insignificantes de analfabetos.
"Os depoimentos são emocionantes. Uma mulher que consegue ler o destino do ônibus, alguém que pode ler a bula de um remédio. Eu gosto muito de chamar atenção que o nosso programa não foi alfabetização de araque, não era assinar o nome e dizer que estava alfabetizado, tinha que fazer curso de 7 a 8 meses e na formatura tinham que escrever uma carta, mesmo que simples, de próprio punho", finaliza Wagner.

O ex-secretário Osvaldo Barreto defende a continuidade do Topa. "O programa deve ter continuidade pela sua importância, isso é um programa de estado e não de governo".

 “O Topa é um programa exitoso não apenas pela sua capilaridade, com mais de 1,4 milhões de pessoas beneficiadas em todo o estado, como também pela sua metodologia, a partir de parcerias com as prefeituras municipais, movimentos sociais e sindicais, universidades públicas e institutos de educação sem fins lucrativos”, ressaltou o atual secretário de Educação, Pinheiro.

Segundo a deputada Neuza Cadore, quando iniciou a gestão do então governador Jaques Wagner, 55% das pessoas acima de 40 anos eram analfabetas no estado. "Nosso querido Paulo Freire diz que a educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo. Apesar da Constituição garantir a educação como um direito básico não era o que a gente via na Bahia, muita gente estava excluída. Esse programa além de importantíssimo, tem um valor simbólico enorme que faz a gente comemorar todas as conquistas, são quase 2 milhões de pessoas que tiveram acesso a alfabetização pelo Topa", afirma.

A gestora do programa, Francisca Elenir, afirma que o dia é para celebrar e ao mesmo protestar. "Na segunda-feira, dia 7, vamos iniciar a 10ª etapa do programa que teve a meta reduzida pelo Ministério da Educação. Antes a gente atendia 100 mil pessoas e esse número foi reduzido para 15 mil. Vamos deixar de atender mais de 200 municípios baianos que ainda apresentam um índice de analfabetismo. Precisamos avançar e este é o nosso desafio", diz Elenir.

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