Não me iludo, é Golpe! (Por Emiliano José)

Quem estiver iludido, urgente, dê adeus às ilusões. 

O golpe veio com furor destrutivo. 

Caminha na velocidade do raio. 

Quer fazer o serviço inteiro na maior rapidez, sem dar tempo à população de pensar. 

Teoria do choque. 

Não fosse tudo o que já foi, sob olhares complacentes, sem nada temer, o golpe apressou-se em dar um gigantesco passo para entregar a Amazônia. 

Coisa assim de uma área do tamanho da Suíça. 

Ou da Dinamarca. 

Ou do Espírito Santo. 

Isso mesmo, nada de surpresa. 

Abriu a Reserva Nacional de Cobre e seus associados (Renca) ao capital, ali na divisa do Amapá e Pará, 47 mil quilômetros quadrados. 

Abriu para os capitalistas, certamente tudo conforme o acertado, uma das maiores reservas de ouro do mundo. 

Essa reserva foi instituída pela ditadura, em 1984. 

Tenho repetido: nem a ditadura retirou tantos direitos nem entregou tanto o País à sanha  voraz do capitalismo Internacional como o faz o governo golpista. 

De cambulhada, com essa canetada, entrega todo o minério ouro cobre ferro os escambau, e isso representa uma fortuna incalculável, e sacrifica impiedosamente as nações indígenas existentes na região e a floresta verdejante, deserto amanhã. 

Todos sabemos o ímpeto destrutivo da mineração.

Sabemos que lá vem a porra.

Um crime humanitário, um crime ambiental, um crime de lesa-pátria. 

Por onde passo, insisto: as lutas singulares não podem esquecer que sem derrotar os golpistas, não têm qualquer futuro. 

Temos que ganhar as ruas, o povo brasileiro tem de fazê-lo com urgência sob pena de encontrarmos à frente uma Nação destroçada,  a miséria em meio ao deserto. 

Não, esse golpe não pode prosseguir!

Por Emiliano José.

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