Se o 7° congresso do PT for sério...
À frente, temos uma bifurcação: um caminho é o do partido
popular e democrático, da não capitulação diante da luta de classes, da
identificação com a luta do povo; o outro é do partido do sistema, da ilusão e
da conciliação, alheio ao povo.
Essa bifurcação coloca em cheque a tática eleitoreira que se
tornou estratégia, depois vício, cegueira e inaptidão, e que respira por
aparelhos, já sem forças, pelo menos desde 2014. É justo dizer que o alvo dessa
tática, o objetivo - alcançar a presidência da república - foi atingido. Mas a
fome de governo gerou uma desnutrição silenciosa de poder. Não foi nenhum
desafio para a direita tirar o PT do barco e destruir tudo que foi feito. O PT
sacrificou o poder pela conciliação de classes, Bolsonaro armou os ricos e
permite que mate pobre, preto, mulher.
O futuro nos reserva uma guerra de longa duração, que
contará com muito enfrentamento, vítimas e necessidade de organização. O PT é o
partido popular mais importante da história do Brasil, o único capaz de lutar
pela soberania do povo, não a toa é o alvo principal da direita. É
imprescindível deixar de lado a ideia de conciliação e reforçar a perspectiva
da classe trabalhadora, do socialismo.
Por isso as tendências progressistas do PT se mobilizaram e
lutaram muito para acontecer o 7° congresso, e pelo mesmo motivo a CNB lutou
para não marcar a data. Sabem que não estão a altura do desafio que é este
governo de extrema direita, não estão a altura já faz tempo. Mas se agarram a
cadeira, atrasam o congresso, enfraquecem o processo eleitoral. Ora, o debate é
essencial num ponto de virada histórica como o nosso. Há urgência e aqueles que
não estão prontos para a verdadeira luta devem se retirar, liberar espaço na
frente de batalha. O lugar das trabalhadoras e trabalhadores no Brasil, e o
lugar do Brasil no mundo passam por essa eleição do diretório nacional e da
presidência nacional do PT.
Estou com a Articulação de Esquerda.
Companheiro Valter Pomar para a presidência nacional do
Partido dos Trabalhadores!
Por Rafael Justino.
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