Professores das redes estadual e municipal participam, até
sexta-feira (26), do Curso de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para
pessoas com deficiência visual, promovido pela Secretaria da Educação do Estado
da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e do Centro de Apoio
Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP).
Mobilidade, Orientação e Atividade da Vida Autônoma (AVA) são temas que
serão trabalhados ao longo desta semana.
O diretor do CAP, River Carvalho de Azevedo Santana, celebra
os resultados da parceria com o IAT na formação de pessoas que atuam na
educação inclusiva. “De 2017 para cá conseguimos formar mais de 400
profissionais da rede estadual, municipal e privada. Isso nos deixa muito
felizes. Este é o terceiro módulo do curso de AEE deste ano, que é um curso de
200 horas”, explicou.
Do mesmo modo, a coordenadora de Inclusão e Diversidade do
IAT, Verena de Sá Villas Bôas, salienta a relevância do curso para sociedade.
“Sabemos da necessidade de pessoas que estão ligadas ou interessadas em atuar
com este público. Quanto mais pessoas estiverem sensibilizadas para esta
questão será melhor para sociedade de uma forma geral”, relatou.
Para a professora da Escola Municipal Professor Manoel de
Almeida Cruz, Gerluce Pascoal, é importante buscar formação para melhor atender
um estudante que tenha necessidade especial. “A qualquer momento a escola pode
receber uma criança que necessite de atendimento e nós já estaremos preparadas
para receber este aluno. Estou sempre atenta porque na faculdade não aprendemos
isso. Se eu quis atuar nesta área, tenho que sempre buscar cursos”, declarou.
Programação inclui dinâmicas
Além da parte teórica, a programação inclui exercícios que
permitem vivenciar a rotina de uma pessoa com deficiência visual. “Quando vem
um exercício como este que as pessoas têm maior acesso às técnicas e passam
pela experiência de ficar vendadas, por exemplo, elas passam por um pouco da
vivência e das dificuldades que os deficientes visuais vivem. Isso traz
empatia”, explica o professor do CAP, Emanuel Santos.
A experiência está sendo um pouco diferente para as
professoras Rosana Oliveira Freitas e Liane Almeida da Escola Especial De
Camaçari – CAIC, que já trabalham com estudantes que possuem baixa visão. “Para mim é um desafio, principalmente porque
eu não conhecia o Braille. Antes eu não sabia nem como conduzir uma pessoa
cega”, disse Rosana Oliveira.
A professora Liane destaca a necessidade do estudante de
baixa visão, caso ele venha a perdê-la na totalidade. “Alunos de baixa visão
tem a predisposição de ficarem cegos. O ideal de fazer este curso, caso nosso
aluno de baixa visão fique cego, é que a gente tenha condições de prepará-lo
para que ele possa ter autonomia na sociedade e ser alfabetizado com Braille”,
finalizou.
Para participar dos cursos oferecidos pelo CAP, é necessário
enviar solicitação para o e-mail ou pelo telefone
3422-4133 ou 3321-3014. Inscrições são abertas ao público, com prioridade para
professores da rede estadual e municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário