Tá na internet: Brasil: Uma Noruega de subalimentados


O que deveria ser dito por um governante frente ao dado das Nações Unidas de que 2,5% dos brasileiros viviam em insegurança alimentar em 2017? O mínimo seria assumir a responsabilidade que cabe ao cargo que ocupa e se comprometer a trabalhar duro para superar este quadro, porque não é aceitável conviver com nenhum percentual de fome. 

Mas o Presidente Bolsonaro prefere dizer que a fome é uma grande mentira e o ministro Osmar Terra, responsável pela área, afirmou que este não é um problema, e que o percentual é o mesmo da Noruega.


Em 2017, o Brasil tinha 5,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar: o equivalente a exatamente uma Noruega. Como é possível afirmar que isso não é um problema? 

Infelizmente as diferenças não param aí. A Noruega tem uma taxa de desemprego de 3,2%, baixíssimos índices de desigualdade e uma rede de proteção social consolidada.

Vamos jogar luz com um pouco de história e de números para compreender o quanto são uma afronta essas declarações:

O Presidente Lula assumiu com 9% dos Brasileiros em insegurança alimentar. Depois de 13 de políticas de combate a fome e a pobreza, nos de governos de Lula e Dilma, este percentual caiu para 1,7% e o Brasil recebeu em 2014 um prêmio da ONU e foi considerado fora do mapa da fome. 

O golpe contra Dilma, o desemprego crescente e o fim das políticas de fortalecimento da agricultura familiar elevaram este percentual de 1,7% para 2,5% em menos de dois anos. 

Hoje, 3 anos depois, com o desemprego atingindo mais de 13 milhões de trabalhadores, a precarização do salário dos que continuam na ativa, a deterioração da rede de proteção e o desmonte das políticas de segurança alimentar, estimamos que este número vá bater rapidamente na porta dos 5%. É o Brasil de volta ao Mapa da Fome.

A herança da dupla Bolsonaro/Terra será a tripla carga de insegurança alimentar sobre os mais pobres: fome, obesidade e comida envenenada com agrotóxicos.

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