Moro fraudou a eleição presidencial de 2018 (Por Josias Gomes)


A Vaza Jato lança outra bomba, abala as estruturas do desgoverno que nasceu da corrupção generalizada dos três poderes e do forte apoio dos jornalões de direita.

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo/Intercept Brasil, Sérgio Moro vazou para imprensa a delação sem provas do ex-ministro Antônio Palocci seis dias antes da eleição de 2018, com o objetivo acintoso de destruir a candidatura do companheiro Fernando Haddad.


Depois dos golpistas conseguirem impedir a candidatura do Lula, que venceria as eleições no 1º turno, o segundo ato fraudulento da máfia bolsonarista foi manchar a imagem do PT. Sérgio Moro colocou em prática o seu modus operandi: “prender para colaborar ou colaborar para não ser preso”. 

Palocci estava intimado a fazer delação premiada. A condição para o ex-ministro ter benefícios foi incriminar o presidente Lula. O conluio entre as partes foi denunciado pelos advogados de Lula à Procuradoria Geral da República. Infelizmente a injustiça permanece.

Não existe nada de novo em relação à conduta do pseudo-juiz. Em democracias fortalecidas, o marreco de Curitiba já estaria preso há muito tempo e não destruindo provas dos seus ilícitos. O mais chocante é a forma como os próprios procuradores do MPF-PR zombam da fraudulenta delação de Palocci:

“Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, disse Laura Tessler, acrescentando que as falas são piores ‘que anexos do Google’. 
Antonio Carlos Welter ironiza: “O melhor é que fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja.”

O fato é que os crimes de Sérgio Moro e seus cúmplices destruíram a recente democracia brasileira. Interferiu diretamente nos resultados da eleição. 

Os operadores desta ação criminosa pouco se importavam com as mentiras de Palocci, o principal ganho da manobra mafiosa foi garantir forte propaganda antipetista nos maiores veículos de comunicação do país. O Jornal Nacional passou longos nove minutos dilacerando a imagem do PT. Tudo isso às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais.

A manobra jurídica e política prejudicou frontalmente o companheiro Haddad, que vinha em franco crescimento nas intenções de votos para presidente. Em contrapartida, Bozo encaminhou a sua vitória e cumpriu a promessa de nomear Sérgio Moro como ministro da Justiça, além de consignar a vaga de ministro do STF para o juiz vendido. 

Palocci também recebeu a sua degradante recompensa. O TRF-4 autorizou a sua liberdade depois de dois anos detido em Curitiba. Hoje vive o seu martírio de consciência em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira.

Não é possível que tantos crimes contra a democracia, o Estado de Direito e as eleições de 2018 passem impunes! O Brasil sangra de forma hemorrágica. A eleição presidencial precisa ser anulada e os seus violadores devem ir para a cadeia!

Por Josias Gomes - Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural.

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