Primeiro, foi Pedro Cardoso, o ator, em entrevista a Marcelo
Tas.
Tas é um reacionário de carteirinha que viu no governo de
Bolsonaro a chance de lavar a biografia, como outros arautos do antipetismo que
apoiaram o golpe de 2016. Tem um programa na TV Cultura, a cidadela tucana, só
para isso.
Cardoso, embora verborrágico, tem um discurso normalmente
progressista, mas amalgamou-se à personagem de sua vida, Agostinho Carrara, uma
caricatura suburbana de taxista da série "A grande família", da TV
Globo.
Em nome disso, fez uma concessão estúpida a Tas, ao imputar
um viés protofascista aos governos do PT, como condição para falar mal da
direita brasileira diante de um dos queridinhos dela. Chegou a comparar Lula a
Bozo, por si só, um raciocínio cretino, sob todos os aspectos - além de ser um
exercício de desonestidade intelectual.
Agora, foi a vez de Edson Lanza, relator especial para a
liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da
Organização dos Estados Americanos (OEA).
Para poder mostrar alguma preocupação com as ameaças de Bozo
a Glenn Greenwald e a jornalistas, em geral, Laza precisou compará-lo a dois
ex-presidentes sulamericanos de esquerda: Rafael Correa, do Equador, e, claro,
Hugo Chávez, da Venezuela.
Para quem não sabe, os Estados Americanos que essa manjada
Organização representa são aqueles 50, lá no Norte. Justamente o império que
Chávez e Correa ousaram desagradar.
A OEA não tem o mínimo interesse de censurar as loucuras de
Bolsonaro porque ele é um títere nas mãos dos EUA - que é quem manda na OEA.
É puro jogo de cena.
Por Leandro Fortes.
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