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Crônica do império em declínio

Para Charles Pessanha, in memoria

“Na história dos EUA, democratas e republicanos cerraram fileiras para defender o imperialismo” - Claudia de la Cruz, candidata socialista à presidência dos EUA

A comédia do presidencialismo nos EUA transita do quase burlesco, como o debate do 27 de junho, à tragédia do último 13 de julho. Consumado com êxito, o atentado, ainda que lamentável, seria, apenas, mais um homicídio político, curial naquele país, como o que antes abateu o senador democrata Robert Kennedy, igualmente em campanha pela Casa Branca. A violência política não tem caráter.

O Brasil e a disputa pela hegemonia global - Por Roberto Amaral

O ponto de partida de qualquer análise da chamada “guerra da Ucrânia” é a irrecusável evidência de que a antiga república soviética foi invadida pela potência vizinha e quase irmã e  permanece  há mais de um ano sob cerco militar. Sua  integridade, de país reconhecido como soberano pela comunidade internacional,  é ameaçada por anexações anunciadas ou efetivadas pelas tropas do Kremlin, que não pode ser apresentado como herdeiro da utopia socialista frustrada no solo russo, embora devam ser reconhecidos seus esforços na resistência ao imperialismo.   Não se conhecem  dados confiáveis sobre o número de vítimas de ambos os lados da fronteira, e ainda é cedo para  o inventário da destruição no território ucraniano.

Como em todo conflito, a grande dificuldade é encontrar o caminho de volta para casa.   O  que se se anunciou como uma Blitzkrieg não tem, hoje,  prazo para acabar, e todas as possibilidades de desfecho devem estar abertas.  No plano estritamente militar, dizem os observadores que o conflito caminha para um beco sem saída, enquanto fracassa a busca de alternativa pela via da negociação, para a qual a diplomacia presidencial brasileira intenta colaborar, para o incômodo da imprensa nativa. Ao velho complexo de vira-lata, de que falava Nelson Rodrigues, soma-se a dependência ideológica que fez de nossas chamadas elites canais reprodutores dos interesses da grande potência do Norte e adjacências.

É preciso desmilitarizar a República (Por Roberto Amaral)

"Por ora, a cor do Governo é puramente militar, e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada."

- Aristides Lobo (Diário Popular, 18/11/1889)

Bolsonaro, o bezerro de ouro dos evangélicos

Tem uma passagem na Bíblia Sagrada, Êxodo 32, que relata como o povo de Israel deixou de adorar a Deus para adorar uma imagem, e neste caso, a um Bezerro de Ouro, por acreditar que assim estariam melhor protegidos e que suas aflições acabariam, é neste ponto que se percebe a idolatria por algo ou alguém a nos chamar a atenção.

Já no versículo 1, “o povo, ao ver que Moisés demora­va a descer do monte, juntou-se ao redor do Sacerdote Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu"”. Estava Moisés no deserto clamando a Deus por seu povo, mas aquele povo já não estava mais disposto a continuar o seguindo.

A “ixquerda” que compartilha conteúdo do inominável



Não é de hoje que se reclama de parte da militância de esquerda no Brasil que ela mais ajuda a direita do que anda atrapalhando nas redes sociais. Já se foi dito que “compartilhar conteúdo de Bolsonaro só ajuda ao deixar em evidência”, mas mesmo assim, essa turma continua a fazer isto.

Tiremos como dois exemplos, para não precisarmos nos alongar, as manifestações de 07 de setembro onde tanto o Bolsonarismo quanto a esquerda foram às ruas. Nas semanas que antecederam aos atos, uma enxurrada de banner, vídeos, cards, áudios da direita eram repercutidos por parte da esquerda. Essa turma alegava que seria para criticar, mas na verdade estavam fazendo propaganda do material deles. E não adiantava chamar a atenção para isto, eles não escutam a ninguém.