Foi dessa maneira que eu tive os primeiros contatos com as corridas de fórmula 1. Meu pai tinha um rádio da marca Motorola de cor preto e a alça dele era banhada em “prata”. Eu me apossava dele e ficava durante boa parte do dia na porta de casa ouvindo a rádio Globo AM do Rio de Janeiro. Ouvia a programação e me imaginava naqueles locais que eram narrados pelos locutores e foi através dela que comecei a ouvir as primeiras corridas de carros. Era impressionante como aquela pessoa conseguia narrar os carros correndo em alta velocidade. E eu encantado com aquilo, ficava horas ouvindo tudo, ate o final, quando era anunciado o vencedor.
Foi nesta época que ouvi o nome de Emerson Fittipaldi pela primeira vez. Era um orgulho imenso saber que um brasileiro como eu, assim era o meu pensamento, conseguia pilotar um carro em tão alta velocidade. Se ele podia fazer isso, eu também conseguiria. Assim era o meu pensamento, mas a vida me mostrou que nem tudo o que se sonha se torna realidade.
Passaram os anos e fui ter acesso a televisão em preto e branco, mas ainda tive que esperar alguns anos para poder ver na telinha aqueles maravilhosos carros e pela primeira vez ouvir e ver um piloto brasileiro. Era o Nelson Piquet que aparecia nos anos 80 (oitenta).
Vi a promessa Rubens Barrichello, chegar, encantar e ficar preso a um contrato que engessou a sua carreira. Isso só para estar na equipe mais tradicional da categoria. Assiste a chegada de Felipe Massa para o lugar de Rubens. Está acontecendo com ele a mesma historio do seu antecessor. E sua carreira periga virar só mais uma foto na parede. O filho de Nelson Piquet... Desse é melhor nem falar. Foi uma vergonha nacional sua rápida passagem pela categoria.
Mas o Brasil teve ele Airton Senna. Campeão por três vezes, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Considerado por muitos ate hoje como sendo o melhor piloto da categoria em todos os tempos. Mesmo que outro já tenha conseguido bater os seus recordes. Senna não é só uma foto na parede das lembranças, ele continua presente mesmo depois de tantos anos após a sua partida.
A formula 1 das ondas do rádio não volta mais, mas bem que poderiam fazê-la retornar aos seus bons tempos de competição entre os pilotos. Atualmente a maquina é quem define os campeonatos e os pilotos são peças decorativas. Bastar ter muito dinheiro para montar a melhor equipe e o melhor carro e sair ganhando corridas. Na verdade, está ffaltando emoção na formula 1.
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