A Bahia é o segundo estado que mais investe na saúde em todo o país


Somente em 2020, foram investidos mais de R$ 623 milhões, maior índice do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul

A Bahia investiu em 2020 mais de R$ 623 milhões em saúde, o maior índice do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. No ranking nacional, a Bahia encontra-se em segundo lugar, atrás apenas do estado de São Paulo, que aplicou R$ 833 milhões. Os dados são do Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), que está disponível para acesso público.

Além disso, foram aplicados mais de R$ 7 bilhões entre obras, serviços e recursos humanos na área da saúde em 2020. Este é a terceira maior despesa com saúde do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, o que demonstra um cenário bem diferente de diversos estados do País, onde o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a redução de repasses federais têm provocado desassistência.

Investimentos desde 2015

Os investimentos do Estado em saúde somam R$ 2,1 bilhões desde 2015. Neste período foram construídos nove hospitais, 16 policlínicas regionais, além de 19 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Unidades Básicas de Saúde. Foi criada uma infraestrutura que mostrou-se fundamental para a estratégia de enfrentamento aos efeitos da pandemia do novo coronavírus a partir de março de 2020. Os novos equipamentos incluem o HGE 2, o Hospital da Mulher e o Instituto Couto Maia, em Salvador, o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, o Hospital da Chapada, em Seabra, a Maternidade do Hospital da Criança, em Feira de Santana, e o Hospital Metropolitano, que já atua na assistência a vítimas da Covid-19.

As Policlínicas Regionais já entregues estão em Feira de Santana, Jequié, Irecê, Alagoinhas, Guanambi, Teixeira de Freitas, Valença, Santo Antônio de Jesus, Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim, Jacobina, Simões Filho, Itabuna, Barreiras e Vitória da Conquista.

Sobre desequilíbrios regionais

Analisando-se a distribuição dos gastos entre os estados, constata-se grande desequilíbrio em favor daqueles que, sabidamente, possuem maior PIB per capita e maiores concentrações populacionais. Essa forma de distribuição de recursos traduz uma política de financiamento fortemente baseada na arrecadação tributária e no critério populacional, mas que não consegue ser suficiente na redução das desigualdades regionais.

Apenas para exemplificar, a Bahia ocupa a 20ª posição, entre os estados brasileiros quanto ao PIB per capita, situando-se entre aqueles com as populações mais pobres. Isso significa que qualquer indicador que tome como referência a atividade econômica indexada, seguirá a posição do Estado em nível nacional.

 

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