Tá na internet: a morte e a morte de Jair Messias Bolsonaro (Por Renan Araújo)



Bolsonaro morreu. É Fato. 

Já havia morrido há tempos, mas o anuncio só foi feito hoje, último dia do fatídico agosto.

Não se sabe ainda sobre a causa mortis.

Muitos dizem que morreu de uma overdose de mentiras. 

Mentiu honestidade e morreu quando disse “bandido bom é bandido morto” e recebia dinheiro vivo do miliciano Queiróz, através da esposa. Ou quando manipulou a máquina pública e a justiça para salvar filhos de processos e cadeia. Ou ainda quando se aliou a Roberto Jefferson e a Michel Temer, em nome do “combate à corrupção”.

Quando o patrimônio imobiliário da família crescia exponencialmente e uma legião de laranjas alimentavam o caixa da família, Bolsonaro morria lentamente.

Mentiu patriotismo e morreu quando foi para os EUA prometer a retirada de direitos do trabalhadores brasileiros. Ou quando prestou continência à bandeira americana, ou quando prometeu a Steve Bannon, em farto jantar em New York, destruir tudo que havia sido feito no Brasil. Ou quando insinuou a Al Gore que queria explorar a Amazônia “junto com os EUA”.

Mentiu defesa da vida e da família e, em dois anos, o que vimos foi Bolsonaro defender apenas sua família de delinquentes. E vimos  figuras bizarras, ditas evangélicas, assombrarem o país com escândalos, agressões aos direitos humanos e até assassinato.

Mentiu competência e, em quase dois anos de governo, nada foi feito.

Estamos com 120 mil mortos por COVID 19 e ele insiste  na cantilena inútil da cloroquina e nas atitudes criminosas de expor a população à doença sem mascara e sem proteção social.

Só agora Bolsonaro anuncia as primeiras inaugurações. Das 32 anunciadas, 25 serão obras de Dilma e 04 de Temer. 

Bolsonaro inaugura obras alheias como se fossem suas. 

Sua maior obra será mudar os nomes do Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, lançando versões pioradas de programas que reduziram desigualdades. 

O inepto, que nada fez em 30 anos de vida publica, continua sem fazer. O que faz é maldade, e destruição, e entrega do país.

Bolsonaro pode ter morrido de mentiras diversas. 

Talvez Bolsonaro tenha matado Bolsonaro. 

O mito construído na mentira e na manipulação agora precisa da morte dele para sobreviver.

E não há o que comemorar da morte de Bolsonaro, como não há o que comemorar do golpe que o pariu. Basta deixá-lo voltar a ser o pária que ele sempre foi. E lutar para que isso seja logo.

O verdadeiro Bolsonaro já andava morto por aí há muito tempo, feito um zumbi. Perversas foram as elites que tentaram fazer dele um homem, e fazê-lo andar sobre caminhos que não são seus.

Por: Renan Araújo.

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