A
caçada do Ministério Público do Paraná contra o ex-presidente Luís Inácio Lula
da Silva já não pode ser considerada só uma perseguição jurídica, ela se tornou
política, e vai terminar em caso de polícia. E não é contra o perseguido, será,
no futuro, contra os perseguidores.
A
república política de Curitiba, com seu tribunal inquisitório, não busca acabar
com qualquer heresia no meio político brasileiro, como fez no século XII a
Igreja Católica para combater a propagação do sectarismo religioso. Esse
agrupamento, hora religioso, hora, jurídico, anda fazendo de tudo, mas o que
menos praticam é a justiça.
Agora,
o MPF do Paraná em suas alegações finais, fez o pedido de condenação sem
provas do Lula. E de imediato, parte da mídia, aquela que se locupletam com
propagandas institucionais para dar visibilidade ao presidente fantasma Temer,
anunciam em suas matérias que foi feito o “pedido de prisão de Lula”, o que não
é verdade. Ainda restam as alegações da defesa e a decisão a ser tomada pelo
juiz Sérgio Moro. Então, nada de assanhamento aí.
Nas
alegações finais, os promotores reconhecem não ser possível provar nada contra
o ex-presidente e mesmo assim, usam o "juízo de convicção",
que é a persuasão dessa turma, mesmo não tendo encontrado provas. É a lógica
apresentada por Detan Dallagnol
no seu powerpoint.
Dallegnol
é aquele membro da república política que, segundo as notícias que circularam
essa semana, teve um encontro com o então deputado Roucha Loures, preso ontem
pela polícia federal em Brasília. A cpnversa aconteceu as vésperas do Impeachmen
da Presidenta Dilma Roussef. O mesmo que disse que o PSDB – Partido da Social
Democracia Brasileira, não era investigado pois não estava no "esquema", já que
não fazia parte do governo. Mas o que descobrimos foi que não só participou,
como teve seus principais caciques envolvidos na mutreta. E com tantas provas, nada foi feito até o momento contra esse pessoal.
O procurador Dallagnol jamais esteve
presente em qualquer das 27 audiências do caso do apartamento triplex. Mesmo
assim faz juízo de convicção em suas alegações. Ele quer a prisão do Lula sem
mostrar uma única prova e "a solução mais razoável é reconhecer a
dificuldade probatória".
Eles
construíram uma teoria e agora sem provas, buscam soluções que não cabem no
processo. Querem e precisam que a justiça prenda o Lula. A república política
de Curitiba está nua e busca uma capa para acobertar suas vergonhas. Então,
prendam o Lula e criem o clima para uma revolta popular.
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