A branquitude está na esquerda, assim como está na direita, a diferença é que a primeira mascara e a segunda escancara.
Ultimamente, tenho visto as "caras" que nascem na esquerda como futuros rostos promissores a ter voz, espaço e disputar a política de forma protagonista no Brasil. As figuras da juventude de esquerda que estão em enfase, atualmente, demonstram que por mais que a juventude negra tenha se tornado protagonista em diversos processos de luta, ainda assim, não os vemos como protagonistas dos espaços.
A questão aqui, vale ressaltar, não são os trabalhos que são feitos e a potencialidade das figuras brancas de esquerda, mas o questionamento do porquê figuras negras que possuem envolvimento e militância diaria não ocupam espaços políticos de importância maior.
A pergunta que não cala: Nós, pessoas negras, estamos lutando para disputarmos uma nova narrativa em conjunto, ou lutando para fotalecer a narrativa da branquitude de esquerda?
É, por isso, que por muitas vezes, não discrimino os quadros negros que preferem assumir a carapuça de partidos moderados. Na minha concepção, não cabe ser moderado em nenhuma conjuntura, mas se não somos contemplados em nenhum campo, o pensamento de negociação entre todos, não é de todo errado.
Pensar revolução é antes de tudo entender as diferentes faces do proletariado e ter o entendimento de que os espaços precisam ser ocupados de forma qualitativa e quantitativa, inclusive nos partidos de esquerda. Além de entender, que o uso da mìdia, também deve nos fortalecer enquanto quadros negros da polìtica.
Ícaro Jorge
Diretor do Ocupa Preto
Militante do coletivo Sankofa
Militante petista.
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